Em meio a relatos de longas filas no Brasil e no exterior e de problemas com a biometria, as eleições deste 2 de outubro tiveram uma vedete: a urna eletrônica.
Eleitores tomaram as redes para exaltar as virtudes da máquina, com direito a declarações de amor e elogios ao seu "gostoso trilililili".
O presidente Jair Bolsonaro (PL) empreendeu nos últimos meses uma campanha para desacreditar a urna eletrônica e lançar desconfiança sobre o resultado eleitoral —apesar de ele mesmo ter sido eleito várias vezes por meio desse instrumento, inclusive nas últimas eleições presidenciais.
Bolsonaro chegou a convocar uma reunião com dezenas de embaixadores no Palácio da Alvorada para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, sem apresentar provas.
Para evitar maiores fricções, o STF cedeu às pressões do presidente e incluiu as Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral e na lista de entidades fiscalizadoras da eleição.
Bolsonaristas alegam que a máquina não é segura nem permite que os votos sejam auditados, afirmações que são desmentidas por uma variedade de especialistas e estudos.
Reportagem da Folha mostrou que pesquisadores brasileiros submeteram as eleições de 2018 a cinco testes matemáticos diferentes para tentar identificar indícios de fraude e concluíram não haver nenhuma evidência de irregularidade.
Nas redes sociais, os eleitores não duvidam: a urna eletrônica é a estrela do sistema eleitoral brasileiro.
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