Após um final de semana de derrotas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encontraram um discurso unificado nas redes sociais para tentar desviar o assunto do caso das joias envolvendo Bolsonaro e militares, revelado na última sexta-feira (11) após operação da Polícia Federal.
Desde sábado, opositores ao governo Lula (PT) vão às redes sociais para argumentar que o caso das joias seria uma "cortina de fumaça" para encobrir o reajuste de preços da Petrobras, anunciado nesta terça-feira (15). A Petrobras justificou os aumentos dizendo que os preços do petróleo se consolidaram em outro patamar e que estão "no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares".
Por outro lado, perfis opositores a Bolsonaro atribuem a culpa do aumento nas refinarias ao ex-presidente. "Se estiver faltando diesel é porque Bolsonaro vendeu refinarias da Petrobras pros árabes a preço de pinga em troca de algumas joias (propina). Agora essas refinarias tentam estocar combustíveis para ganhar uns trocados e causar caos social. A CULPA É DE BOLSONARO", diz um tuíte.
Críticos ao presidente Lula também citam casos envolvendo seus governos anteriores. "Lulista preocupado com joias é o fim da picada. A Odebrecht que o diga. A Petrobras nem se fala", tuitou um perfil. Outro cita triplex do Guarujá, caso em que o petista foi acusado de lavagem de dinheiro e corrupção. O Ministério Público considerou o caso prescrito em 2022, após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir que as provas colhidas no caso sob o então juíz federal Sergio Moro eram inválidas.
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