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Memes da operação contra Carlos Bolsonaro falam de fuga de lancha à la 'Trapalhões'

Postagens têm praia, Tonho da Lua e 'bom dia, PF'; apoiadores afirmam que vereador e família estão sendo 'perseguidos' devido à 'superlive'

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Belo Horizonte

Enquanto fazia suas esculturas na areia, um homem para diante do mar, olha para o horizonte, e escuta, de uma equipe da Polícia Federal que se aproxima, "três batidinhas na porta".

A cena é fictícia, mas ao menos é assim que diversos internautas descrevem, brincando, a operação realizada pela PF na manhã desta segunda-feira (29) no contexto das investigações em torno da chamada "Abin Paralela" que atuou no governo de Jair Bolsonaro (PL).

O protagonista do dia é Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente. O político, comumente comparado por opositores ao Tonho da Lua, personagem da clássica novela "Mulheres de Areia", é apontado como um dos destinatárias das informações produzidas ilegalmente pela agência do governo federal.

A comparação se torna ainda mais irônica quando um dos locais em que a PF cumpriu mandado de busca e apreensão é, justamente, a casa de praia de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. Foi dessa casa que Bolsonaro e seus três filhos fizeram o que chamaram de "superlive" no domingo (28).

Segundo a coluna Mônica Bergamo, da Folha, o vereador soube da operação quando se preparava para um passeio na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra. Como disseram interlocutores do ex-mandatário à coluna, a família saiu por volta das 5h da manhã para pescar e não estava presente quando a PF bateu à porta do endereço.

"Abin" (Agência Brasileira de Inteligência) e "Carlos Bolsonaro" foram termos que atingiram o topo dos trending topics do X, antigo Twitter, nesta segunda, somando mais de 150 mil publicações.

Nas postagens relacionadas, figuravam também o clássico "grande dia", que parafraseia um antigo tuíte do ex-presidente; "toc toc toc", meme eternizado pela ex-deputada federal Joice Hasselmann; e "eles fugiram", expressão que coroa o aspecto absurdo de toda a situação.

Segundo apuração do portal G1, foi ainda apreendido durante a operação um computador da Abin que estava na casa de um dos assessores de Carlos Bolsonaro. A Polícia Federal nega a informação, e divulga que apenas foi encontrado um computador do patrimônio da Abin na casa de um militar na Bahia.

Mas o furor se espalhou rápido pelas redes sociais. Especialmente diante a deflagração, na quinta-feira passada (25), de uma operação contra Alexandre Ramagem, chefe da Abin no governo anterior.

Por outro lado, apoiadores da família Bolsonaro acusam a operação da Polícia Federal de perseguição política —citando, como justificativa, a live realizada pelo ex-presidente no domingo. No YouTube, o vídeo alcança uma marca de quase 2 milhões de visualizações.

Nas redes sociais, o advogado e assessor de Jair Bolsonaro (PL) Fabio Wajngarten negou que o ex-presidente e seus filhos teriam fugido da operação, e ainda afirmou que não foi encontrado nenhum computador "de quem quer que seja na residência ou gabinete do vereador".

A operação, que ainda cumpriu mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em Brasília (DF), Formosa (GO) e Salvador (BA), investiga o uso do software espião FirstMile pela Abin e a suposta produção ilegal de relatórios de inteligência no governo Bolsonaro.

Além de Carlos, outros alvos foram a assessora Luciana Paula Garcia da Silva Almeida e o chefe de gabinete, Jorge Fernandes, que é ainda apontado como o operador de um suposto esquema de "rachadinha" envolvendo o vereador.

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