Ana Cristina Rosa

Jornalista especializada em comunicação pública e vice-presidente de gestão e parcerias da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública)

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Ana Cristina Rosa

Luz sobre a obscuridade

Estudantes e professores se lançaram sobre o desafio da 11ª Olimpíada Nacional de História do Brasil; refletir sobre os excluídos

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Abigail Feitosa. Adalgisa Rodrigues Cavalcanti. Adalzira Bittencourt. Adelaide Manoela Trigueiro. Adélia de França. Adenize Queiros de Farias. Adelina, a charuteira. Alessandra Ribeiro. Alina Leite Paim. Amélia Benebien Perouse. Amélia Gomes Reginaldo. Andréa de Amyo.

Não se espante se você nunca ouviu falar de nenhuma dessas mulheres. Como diz o samba-enredo da Mangueira, campeã do Carnaval 2019, (...) Brasil, meu nego/Deixa eu te contar/A história que a história não conta/O avesso do mesmo lugar (...).

Os nomes citados acima integram o rol de 2.251 verbetes do dicionário biográfico “Excluídos da História”, plataforma que reúne personagens —há muitos homens também— raramente estudados por quem frequenta tanto as classes escolares quanto os bancos acadêmicos do país.

Inspirados pelas estrofes do enredo “História pra Ninar Gente Grande’” estudantes e professores de todos os estados se lançaram a cumprir com maestria o desafio proposto na 11ª edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil: refletir sobre os excluídos da história do país.

Motivados por indagações como quem são os sujeitos da história que por muito tempo não fizeram jus a datas comemorativas, monumentos ou destaque nos livros didáticos e por que alguns protagonistas trazem desconforto às narrativas estabelecidas, os alunos jogaram feixes de luz sobre figuras relegadas a uma triste obscuridade. A iniciativa é muito oportuna.

Sim, o povo gosta de luxo, como outrora afirmou o carnavalesco Joãosinho Trinta. Mas também gosta de cultura e tem o direito de conhecer seus “heróis”, gente que merece ser reconhecida por abrir passagem para que chegássemos aonde estamos —mesmo que em vários aspectos ainda tenhamos um longo caminho a percorrer. Quando se trata de mudança, já se disse que “a direção é mais importante que a velocidade”.

Toda história merece ser conhecida e contada, sobretudo a dos excluídos da história do Brasil.

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior deste texto atribuiu a Clarice Lispector a frase "a direção é mais importante que a velocidade"; na verdade, a expressão está no poema "Mude", registrado por Edson Luiz Marques Santos na Biblioteca Nacional em agosto de 2003.

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