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Lula estuda dividir Ministério da Educação em duas pastas para acomodar aliados

Questionado pela coluna, o presidente eleito não confirmou a informação

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já revelou a interlocutores que estuda dividir o Ministério da Educação (MEC) em duas pastas, e com isso facilitar a acomodação das diversas forças políticas em seu governo.

Pelo desenho imaginado, a pasta seria desmembrada para a criação de um ministério que cuidasse exclusivamente da educação básica, e outro, que trataria do ensino superior.

À coluna, o presidente eleito não confirmou a informação. "Não, não. Estou pensando em outras coisas", respondeu ele rapidamente, quando questionado pela Folha na saída da posse de Bruno Dantas na presidência do Tribunal de Contas da União (TCU).

O ex-presidente José Sarney, o presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o novo presidente do TCU, Bruno Dantas, no TCU, em Brasília, nesta quarta-feira (14) - Mônica Bergamo/Folhapress

Segundo um outro integrante de sua equipe, a ideia foi aventada pelo grupo de transição, mas a sua execução seria complicada e não faria sentido neste momento. O MEC seria um ministério enorme e com um desenho já consolidado.

Hoje a pasta é cobiçada por diversos grupos políticos que apoiam Lula.

O nome preferido dele para ocupá-la era o da governadora do Ceará, Izolda Cela, que era do PDT e hoje está sem partido. Mas o senador eleito Camilo Santana, do PT do Ceará, também é cotado para o cargo.

Lula enfrenta ainda problemas para acomodar Simone Tebet, do MDB do Mato Grosso do Sul.

A divisão do MEC abriria nova vaga e facilitaria a resolução do xadrez.

A possibilidade é debatida desde o fim da semana passada. Ainda não há definição sobre o assunto.

Caso seja criado, o Ministério do Ensino Superior incorporaria a pasta da Ciência e Tecnologia, que hoje conta com poucos recursos e é pouco atrativa para candidatos a ministro.

Lula lembrou a um dos interlocutores que a ideia foi defendida, no passado, pelo ex-senador e ex-ministro da Educação de seu primeiro governo, Cristovam Buarque.

Os defensores da proposta na equipe de Lula argumentam que hoje o MEC trata de realidades muito diferentes: a da inserção das crianças e adolescentes nas escolas e a melhoria do ensino para essa faixa etária, e temas muito diversos para o ensino superior.

Um outro integrante da equipe de Lula detalhou a ideia a políticos e magistrados, dizendo que um possível Ministério do Ensino Superior poderia se dedicar com maior empenho à conexão entre ensino superior e inovação tecnologia, por exemplo.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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