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Cremesp abre processo ético para apurar possíveis infrações de Kalil em parto de Shantal

OUTRO LADO: Defesa de médico diz que não pode se pronunciar por trâmite ser sigiloso; ele nega as acusações

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O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu um processo ético-profissional para apurar infrações que teriam sido cometidas pelo obstetra Renato Kalil durante o parto da filha de Shantal Verdelho, em setembro de 2021.

O médico Renato Kalil em entrevista ao programa Todo Seu - Canal Todo Seu no YouTube/Reprodução

TEMPO 

O procedimento, que pode resultar na cassação do registro profissional do médico ou inocentá-lo, foi iniciado em dezembro passado, um ano após o conselho começar a investigar o caso por meio de uma sindicância. A apuração confirmou preliminarmente a existência de indícios de que Kalil possa ter cometido infrações éticas.

SIGILO 

Procurada, a defesa de Kalil afirma que não pode dar nenhuma informação sobre o processo, porque o trâmite no Cremesp é sigiloso. Em nota, o órgão também afirma que não pode se manifestar durante a investigação. "Qualquer manifestação ou posicionamento adicional por parte do conselho, poderá resultar na nulidade do processo."

DENÚNCIA 

Shantal acusa Kalil de violência obstétrica. O caso veio à tona após vazar nas redes sociais áudios e o trecho de um vídeo gravado pelo marido da influenciadora, Mateus Verdelho, mostrando Kalil gritando e falando palavrões na hora do parto.

DENÚNCIA 2 

A influenciadora diz que o médico praticou em seu parto a chamada manobra de Kristeller, prática que consiste em pressionar a barriga da gestante para empurrar o bebê. O mecanismo, contraindicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pelo Ministério da Saúde, pode comprometer a saúde da mãe e do bebê.

OUTRO LADO 

Kalil já negou anteriormente que tenha acontecido qualquer intercorrência durante o parto de Shantal, e afirmou que o vídeo revelado por ela mostrando as violências sofridas foi editado e está fora de contexto.

APURAÇÕES 

Além da investigação no Cremesp, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Kalil por crime de lesão leve e violência psicológica. Em primeira instância, a Justiça rejeitou e pediu o arquivamento da denúncia alegando falta de provas. O MP-SP entrou com recurso, que ainda não foi julgado. As responsáveis pela denúncia foram as promotoras de justiça Fabiana Dal Mas e Silvia Chackian.

PARECER 

No último dia 9, o procurador Milton Theodoro Guimarães Filho emitiu parecer em que reforça o entendimento das promotoras de que o caso deve ser avaliado judicialmente e, portanto, não pode ser arquivado.

POSIÇÃO

O advogado de Shantal, Sergei Cobra, diz confiar que a decisão será revertida na segunda instância. "Há tantas evidências de violência que o juiz [da primeira instância] não poderia ter rejeitado a denúncia", afirma. A influenciadora também tem afirmado que esta não é uma causa só dela, mas de todas as mulheres.

TERCEIRO SINAL

A atriz Grace Gianoukas recebeu convidados na pré-estreia da peça "Nasci pra Ser Dercy", realizada no Teatro Itália Bandeirantes, na capital paulista, na quinta (12). A diretora de teatro Denise Stoklos e o ator Leonardo Miggiorin estiveram lá. Escrito e dirigido por Kiko Rieser, o espetáculo celebra o legado de Dercy Gonçalves.

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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