Um dos alvos da operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta sexta-feira (11) no âmbito da investigação da venda irregular de joias no exterior ainda trabalha como segurança de Jair Bolsonaro (PL) e tem contato diário com o ex-presidente.
O tenente do Exército Osmar Crivellati chegou a viajar com Bolsonaro no fim do ano para os EUA.
De volta ao Brasil, ele acompanha o ex-presidente em sua rotina diária e faz viagens com ele pelo Brasil.
Crivellati integra o grupo de funcionários a que o ex-presidente tem direito mesmo depois de ter deixado o cargo.
Crivelatti já foi identificado como o responsável por guardar o patrimônio privado de Bolsonaro em uma área emprestada para ele na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília.
Ele foi alvo nesta manhã de uma operação de busca e apreensão.
A PF investiga desvios de joias e outros bens de valor que teriam sido obtidas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que está preso.
Pelo esquema investigado, Cid venderia ilegalmente as joias no exterior.
Seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, também foi alvo da operação, sob a suspeita de ter participado das vendas das joias, finalizando as operações nos EUA e emprestando suas contas bancárias para o recebimento dos valores dos negócios.
O advogado Frederick Wassef, que já defendeu a família Bolsonaro em diversos processos, também sofreu busca e apreensão. Ele é investigado por supostamente ter recomprado parte dos bens para devolvê-los ao Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou que as joias não poderiam ter sido apropriadas por agentes do governo.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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