Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo
Descrição de chapéu Folhajus AGU

Barroso diz a Lula que STF terá relação amigável, mas independente do governo

Presidente do STF ofereceu jantar ao petista um mês após tensão por aprovação de PEC que limita atuações individuais dos integrantes da Corte

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse ao presidente Lula (PT) que a Corte seguirá atuando de forma independente, mas manterá uma relação amigável com o governo federal e o Congresso.

Os dois se encontraram na noite de terça (19) em jantar oferecido por Barroso em sua residência, em que estiveram presentes também outros ministros da Corte.

O presidente do STF,  Luís Roberto Barroso, recebe o presidente Lula em jantar em sua residência
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, recebe o presidente Lula em jantar em sua residência - Arquivo Pessoal

Em novembro deste ano, a aprovação da PEC que limita as atuações individuais dos integrantes do STF gerou uma crise entre a Corte e o Senado que alcançou Lula, uma vez que o líder no governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), votou a favor da proposta.

Segundo interlocutores ouvidos pela coluna, Barroso defendeu durante o encontro desta terça o diálogo institucional respeitoso entre os poderes e a proteção da democracia. Ele confirmou que voltará de viagem para participar de ato de 8 de janeiro, que o governo fará para marcar o aniversário de um ano dos ataques golpistas às sedes dos três Poderes em Brasília.

O presidente do STF destacou ainda a importância da pacificação da sociedade.

Na Corte são julgados processos de interesse do governo federal. Na presidência, Barroso ajudou, por exemplo, a articular a derrubada do teto dos precatórios, pedido do governo federal. Por outro lado, o ministro não deixou de pautar a ação que questiona os dispositivos da Lei das Estatais que restringem a indicação de políticos para cargos em conselhos e diretorias de empresas públicas —o governo é a favor de manter as indicações.

Após um pedido de vista (mais tempo para análise) feito pelo ministro Kassio Nunes Marques, Barroso indicou ser contra políticos nesses cargos.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e sua filha Luna receberam o presidente Lula e a primeira-dama Janja
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e sua filha Luna receberam o presidente Lula e a primeira-dama Janja - Ricardo Stuckert/Divulgação

Participaram do jantar os ministros do STF Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Kassio Nunes, Cristiano Zanin e o ministro da Justiça, Flávio Dino, que tomará posse no STF em 22 de fevereiro do ano que vem. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também compareceu.

Além da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, esposas de cinco ministros também acompanharam o encontro.

De acordo com Barroso, Lula solicitou que ele organizasse o encontro quando estiveram juntos em reunião no Palácio do Planalto sobre a presidência do Brasil no G20.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.