Mônica Bergamo

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Presidente da Guatemala agradeceu ao Brasil por intervenção em crise que ameaçou sua posse

Na OEA, país se opôs a sanções e defendeu o diálogo para conter a instabilidade institucional

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O presidente recém-empossado da Guatemala, Bernardo Arévalo, agradeceu pessoalmente a integrantes da diplomacia brasileira pela atuação do país na contenção da crise institucional que ameaçou a sua chegada ao poder.

A esses interlocutores, o novo mandatário elogiou o tom adotado pelo Brasil junto à OEA (Organização dos Estados Americanos) ao longo dos últimos meses, considerado fundamental para evitar que o problema se agravasse —e até mesmo para evitar que a Guatemala se tornasse alvo de severas sanções.

O novo presidente da Guatemala, Bernardo Arevalo, segura a mão de sua esposa, Lucrecia Peinado, durante sua cerimônia de posse no Centro Cultural Miguel Angel Asturias, na Cidade da Guatemala
O novo presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, segura a mão de sua esposa, Lucrecia Peinado, durante sua cerimônia de posse no Centro Cultural Miguel Angel Asturias, na Cidade da Guatemala - Johan Ordonez - 15.jan.2024/AFP

Sociólogo e ex-diplomata, Arévalo tomou posse na madrugada de segunda-feira (15) após horas de atraso e uma cerimônia marcada por temores de ruptura. Embaixadores e representantes de delegações estrangeiras chegaram a emitir uma nota de última hora para reafirmar o apoio ao presidente eleito e ao processo democrático.

"Fazemos um chamado ao Congresso da República a cumprir com seu mandato constitucional de entregar o poder como exige a Constituição, no dia de hoje, ao presidente eleito", dizia o texto. O vice-presidente Geraldo Alckmin, presente à solenidade, foi um dos signatários.

Sob a liderança do embaixador Benoni Belli, representante permanente do Brasil junto à OEA, a diplomacia brasileira vinha acompanhando as investidas judiciais contra o processo eleitoral guatemalteco desde o princípio.

Para a OEA, o pleito ocorreu de forma transparente, justa e sem nenhum tipo de fraude, e estava claro que havia uma tentativa, por parte do Ministério Público local e de alguns magistrados, de usar instrumentos legais para reverter o resultado.

Ao longo de 11 sessões do Conselho Permanente da OEA, órgão formado por embaixadores dos Estados membros, foram discutidas diversas medidas e respostas para conter a crise institucional. Países como EUA, Colômbia e Antígua e Barbuda, a princípio, estavam inclinados a adotar uma postura mais incisiva, incluindo ameaças de sanções à Guatemala. A visão brasileira, contudo, acabou prevalecendo.

Apoiador de Bernardo Arévalo entra em confronto com a polícia durante uma manifestação em frente ao Congresso
Apoiador de Bernardo Arévalo entra em confronto com a polícia durante uma manifestação em frente ao Congresso - Martin Bernetti/AFP

Diplomatas familiarizados com as tratativas relatam à coluna que o Brasil adotou uma perspectiva mais gradual, defendendo que a pressão sobre o país centro-americano deveria aumentar à medida que os fatos ocorressem, como uma forma de manter um canal de diálogo aberto com as partes envolvidas.

No dia de sua posse, Arévalo afirmou a interlocutores que a estratégia brasileira de ir calibrando a pressão foi importante para o resultado alcançado, dizendo que "não se pode queimar toda a pólvora na OEA de uma só vez", segundo relatos.

Apesar das divergências expressadas nas mesas de negociações, o grau inédito de convergência nas votações das resoluções para a Guatemala acabou surpreendendo, tendo o condão de unir desafetos em torno de um mesmo texto.

Em 12 de dezembro do ano passado, por exemplo, apenas a Guatemala, então comandada pelo agora ex-presidente direitista Alejandro Giammattei, votou contra a resolução do Conselho Permanente da OEA sobre a crise.

O documento citava "um contexto de seguidas tentativas de interromper a transição pacífica do poder" e condenava "o contínuo abuso de poder público por parte do Ministério Público e outras autoridades públicas" do país centro-americano.


TELONA

A diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções, Mônica Sousa, seu pai, o quadrinista Mauricio de Sousa, e a atriz Sophia Valverde receberam convidados na pré-estreia do filme "Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo" no Cinépolis do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, na noite de segunda (15). Sophia dá vida à personagem Mônica no longa, que é dirigido por Mauricio Eça e conta também com a atriz Carol Roberto no elenco, como intérprete de Milena. O empresário Mauro Sousa, filho do desenhista criador da Turma, prestigiou o evento ao lado do marido, Rafael Piccin.

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou GEOVANA OLIVEIRA

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