Mônica Bergamo

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Descrição de chapéu São Paulo

Eventos no Anhangabaú geram transtorno em escola, e Ministério Público abre inquérito

OUTRO LADO: Prefeitura diz que 'que acompanha a apuração'

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um inquérito civil para investigar o barulho e a poluição sonora causados por eventos realizados no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista, após a concessão do espaço à iniciativa privada.

A abertura da investigação atende a uma denúncia feita pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL). O parlamentar recebeu reclamações de alunos da Escola Municipal de Música de São Paulo, localizada na Praça das Artes, nos arredores do Anhangabaú.

Os estudantes afirmam que o excesso de barulho levou ao cancelamento de aulas e que, por vezes, o ruído é tão intenso que faz tremer as janelas do edifício (veja vídeo abaixo).

Além disso, segundo relatos, a cada vez que um grande evento é realizado, a montagem e desmontagem de equipamentos e o isolamento dos bombeiros dura cerca de 72 horas. O acesso à escola pelo Anhangabaú fica obstruído no período.

"O maior problema é que eles não levam em conta os dias e horários das aulas ministradas no prédio, permitindo eventos com amplificador de som e passagem de som, além do barulho altíssimos das montagens e desmontagens que utilizam parafusadeiras em estruturas metálicas", diz a denúncia.

O vereador narra que realizou uma reunião, em outubro do ano passado, com a então secretária municipal de Cultura, Aline Torres, e um grupo de mães de alunos. "Fomos informados pela secretária que não há muito a ser feito, pois existe um contrato a ser cumprido", diz a representação.

Segundo o vereador, a então chefe da pasta disse que agendaria uma reunião com a empresa responsável por gerir o espaço. "No entanto, até a presente data, não recebemos nenhuma resposta sobre as medidas que serão tomadas."

Procurada, a prefeitura afirma, em nota, "que acompanha a apuração do Ministério Público Estadual" e que "desde o início atendeu a todas as solicitações de esclarecimentos da promotoria responsável pelo caso".

Já a Viva o Vale, que administra o Anhangabaú, diz, em nota, que não tem conhecimento de "reclamações oficiais da Escola Municipal de Música de São Paulo".

O promotor Carlos Henrique Prestes Camargo oficiou a diretoria da escola e cobrou que seja informado, em até 30 dias, se os eventos estão alterando a rotina dos alunos.

Camargo também pediu que o Programa de Silêncio Urbano, o Psiu, fiscalize a próxima edição da Roda do Baixo, projeto do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta que promove rodas de samba mensalmente embaixo do Viaduto do Chá.

O consórcio Viva o Vale, uma parceria entre as empresas Urbancom e WTorre Entretenimento, é responsável pela gestão do Vale do Anhangabaú. O espaço foi concedido à iniciativa privada em 2021, após uma longa reforma que custou R$ 105 milhões ao município.

O contrato tem valor de R$ 55 milhões, incluindo despesas e investimentos.

Com duração de dez anos, o acordo permite que a concessionária explore comercialmente o espaço –com a realização de shows, por exemplo. Como contrapartida, a empresa deve oferecer atividades gratuitas e implementar uma série de melhorias no local.


PIPOCA

O diretor Karim Aïnouz recebeu convidados na pré-estreia do filme "Motel Destino", dirigido por ele, no Reag Belas Artes, em São Paulo, na semana passada. O ator Iago Xavier, protagonista do longa, esteve lá. A cantora Liniker prestigiou a sessão.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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