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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu STF

Ex-senador Magno Malta diz que Barroso bate em mulher e ataca ministros do STF

Aliado de Bolsonaro criticou também Moraes, Fachin e Weber em evento conservador

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O ex-senador Magno Malta (PL-ES) fez críticas pesadas a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) durante palestra na Cpac Brasil, conferência conservadora realizada em Campinas (SP), no sábado (11).

Ele atacou nominalmente Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. Destes, Barroso sofreu a crítica mais forte, acusado por Malta de agredir mulheres.

O ex-senador Magno Malta e o deputado federal Daniel Silveira assistem a vídeo do ministro do STF Alexandre de Moraes na conferência conservadora Cpac - Reprodução

O ex-senador foi uma das figuras mais aplaudidas do evento, organizado pelo Instituto Conservador-Liberal, que é presidido pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Ao pedir para que fosse colocado no telão um vídeo da sabatina de Moraes no Senado, em 2017, Malta chamou ao palco o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que estava na plateia. Silveira chegou a ser preso após ofender integrantes do STF no ano passado.

"Daniel Silveira, vem aqui. Você vai ouvir seu advogado falar", disse Malta. A dupla foi efusivamente aplaudida pela plateia.

No vídeo, Moraes defende a separação de Poderes aos senadores que precisavam confirmar seu nome para o STF.

Malta disse que a fala era um exemplo de "fake news" e acusou o ministro de ser oportunista. "Eles [ministros] vendem a mãe para botar a toga nas costas", disse, apontando para Moraes.

Fachin, que anulou as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2021, foi chamado de mentiroso. "As convicções do militante Fachin estão reveladas. Esse homem tem trabalhado diuturnamente para fazer ataques vis à democracia", declarou.

Já Barroso foi criticado por seu passado de advogado, que incluiu a defesa do ativista Cesar Battisti, além de suas posições a favor de ampliação do direito ao aborto e descriminalização da maconha.

"Sabe por que eu lutei contra Barroso? Advogado de Cesar Battisti, das ONGs abortistas e da legalização da maconha", disse Malta.

Foi nesse momento que acusou o ministro de espancar mulheres. "Barroso quando ele é sabatinado a gente descobre que ele tem dois processos no STJ, na Lei Maria da Penha, por espancamento de mulher. Além de tudo, o Barroso bate em mulher. Eu só falo o que eu posso provar", afirmou.

Em 2013, Barroso foi acusado por uma advogada de ter praticado diversos crimes contra ela, incluindo calúnia, difamação e agressão. Na época, a conclusão foi de que ela perseguia o ministro sem fundamento.

Sobre Rosa, ele também exibiu um vídeo em que a ministra se coloca contra o chamado "ativismo judicial".

"Ela [Rosa] disse que o ativismo judicial é inaceitável. [Disse que] Se algum juiz, algum ministro quer dar pitaco na política, que largue a toga e vá disputar a eleição. Foi ou não foi, Rosa? Você falou ou não falou? Grava um vídeo me desmentindo, Rosa", desafiou.

Ainda com Daniel Silveira a seu lado, Malta afirmou não ter medo de ser punido como foi o deputado. "Quer me matar? Me mate. Quer me prender? Me prenda. Mas eu não vou me calar", afirmou.

Aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, Malta perdeu a eleição em 2018 e agora deve tentar retornar ao Senado em outubro.

Por meio da assessoria do STF, o gabinete do ministro Barroso informou que, em 2013, chegou ao STJ recurso de uma advogada dele desconhecida, em uma ação contra diversos agentes públicos. Entre eles, desembargadores, procuradores e o próprio ministro, à época advogado.

"A referida advogada, numa história delirante, dizia ter sido atacada moralmente na tribuna durante uma sustentação. O ministro nunca sequer viu a referida advogada. O fato simplesmente não aconteceu, vindo o recurso a ser arquivado. Não há qualquer vestígio de veracidade na fala de Magno Malta."

Ao arquivar o caso, a Ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que as informações do processo com as falsas acusações fossem enviadas ao Ministério Público e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para apurar possíveis infrações penal e administrativa cometidas pela advogada.

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