Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel

PSDB e Márcio França conversam sobre possível aliança diante de impasse entre PT e PSB

Ex-governador, Rodrigo Maia e Paulinho da Força se encontraram no começo da semana

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Diante do impasse eleitoral no qual esbarram PT e PSB em São Paulo, tucanos, Márcio França (PSB) e mesmo aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm discutido planos de aproximação entre os três para as eleições de 2022.

No estado, o PT não abre mão de lançar Fernando Haddad, assim como França, líder do PSB, tem reafirmado que não desistirá de sua pré-candidatura.

Na segunda-feira (30), França, Rodrigo Maia (PSDB, secretário de Projetos e Ações Estratégicas do Governo de SP) e Paulinho da Força, presidente do Solidariedade (que compõe a coligação petista) encarregado de tentar ampliar o arco de alianças de Lula até a centro-direita, se encontraram e discutiram formas para construir uma aliança capaz de aproximar Lula, França e Rodrigo Garcia (PSDB-SP).​ A reunião ocorreu na casa de Wilson Pedroso, coordenador de campanha do Rodrigo Garcia.

Márcio França (PSB), pré-candidato ao Governo de SP
Márcio França (PSB), pré-candidato ao Governo de SP - Eduardo Anizelli-2.jun.2018/Folhapress

Segundo relatos, uma das fórmulas debatidas no encontro foi a de lançar França como candidato ao Senado na chapa de Garcia, com a liberdade para que o pessebista mantenha seu apoio a Lula no âmbito nacional.

Com isso, o atual governador se beneficiaria da saída de França da disputa e o ex-governador teria o apoio do PSDB no estado e de Lula nacionalmente.

De quebra, Lula e Garcia passariam por uma aproximação indireta em São Paulo, por meio de França, possivelmente tornando o cenário mais difícil para o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Para o entorno de França, no entanto, a equação é muito mais vantajosa para Garcia do que para o pessebista. O tucano se livraria de um concorrente na disputa pelo governo e França ganharia em troca somente o apoio do atual governador numa candidatura ao Senado.

Rodrigo Garcia (dir.) durante evento de filiação ao PSDB
Rodrigo Garcia (dir.) durante evento de filiação ao PSDB - Zanone Fraissat-14.mai.2021/Folhapress

Ainda que considerem uma negociação difícil de ser concretizada nesses termos, eles dizem que não custa nada conversar em um contexto em que as tratativas com o PT estacionaram.

França diz ao Painel que, se Garcia estiver disposto a optar por Lula, acredita que o movimento será "útil para ele próprio e para o país."

"Sempre estou disposto pelo Brasil. Pro Brasilian Fiant Eximia [pelo Brasil façam-se grandes coisas]. Um governador de São Paulo é sempre um agente político importante. Suas decisões têm repercussão. João Doria já é um passado triste a ser esquecido. Na barca da Democracia cabe sempre mais um", continua França.

O pessebista diz, no entanto, não acreditar que Garcia esteja preparado para essa decisão.

"Decisões assim, fortes, como fez Alckmin, são pra protagonistas. É hora de separar os homens dos meninos", conclui.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.