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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Polícia de SP abre inquérito para apurar ato do MST na Bayer após pedido do MBL

Manifestantes incendiaram pneus e picharam paredes em protesto contra uso de agrotóxicos

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A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar um protesto do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) contra a produção e o uso de agrotóxicos na agricultura do país na sede da Bayer em Jacareí (90 km de São Paulo) em 11 de junho.

O inquérito foi aberto em 25 de junho após solicitação do Ministério Público de São Paulo, que foi acionado pelo MBL (Movimento Brasil Livre). O vereador Rubinho Nunes (União Brasil-SP), um dos líderes do MBL, foi quem tomou a iniciativa, acompanhado de Amanda Vettorazzo e Guto Zacarias.

A abertura do inquérito foi solicitada pelo promotor Fernando Cezar Bourgogne de Almeida e a investigação tem sido tocada pelo 8º Distrito Policial de São José dos Campos.

MST queima pneus ems ede da Bayer
Membros do MST queimam pneus em sede da Bayer em protesto contra agrotóxicos no Brasil - Acervo MST/Divulgação

Formado por cerca de 100 manifestantes da Juventude Sem Terra, o protesto envolveu a queima de pneus próxima a uma estrutura com o símbolo da Bayer, pichação de paredes e um ato na entrada da sede da empresa..

Na peça, os membros do MBL argumentam que o MST cometeu crimes ao invadir a propriedade da empresa e expor pessoas a perigo após causar incêndio. Além disso, eles dizem que o movimento pode ser enquadrado como uma organização criminosa.

"O MST atua como uma corja de cangaceiros, semeando terror e caos por onde passa. Há anos seus atos criminosos chocam, mas passam impunes pela leniência política. Esse tempo acabou", diz Nunes.

Em nota, o MST-SP diz não ter conhecimento sobre qualquer inquérito aberto envolvendo "ato pacífico ocorrido durante a Jornada Nacional da Juventude Sem Terra em junho".

Membros do MST picharam muros de escritórios da Bayer em protesto contra agrotóxicos
Membros do MST picharam muros de escritórios da Bayer em protesto contra agrotóxicos - Acervo MST/Divulgação

"A manifestação é direito assegurado pela Constituição e na ocasião citada, os jovens denunciaram a tramitação acelerada do Pacote do Veneno (PL 6299/2002) no Congresso e o conluio estabelecido com grandes empresas produtoras de agrotóxicos, como é o caso da Bayer que em 2018 adquiriu a Monsanto", continua.

"A empresa integra o Sindicato Nacional de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) que atua como lobista para liberação de mais agrotóxicos, vários deles causadores de muitas doenças e câncer, desovando no Brasil, os produtos que são proibidos e banidos nos seus países de origem, como é o caso do glifosato", conclui o MST.

À época, a Bayer emitiu nota em que condenou os danos causados pela manifestação. A empresa ainda disse entender as preocupações dos manifestantes, mas defendeu o uso dos defensivos agrícolas.

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