A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, aposta na entrevista que concederá ao Jornal Nacional nesta sexta-feira (26) para melhorar seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto.
Tebet será a última a participar da sabatina feita pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.
A série de entrevistas começa nesta segunda (22) com o presidente Jair Bolsonaro. No dia seguinte é a vez do pedetista Ciro Gomes, enquanto na quinta-feira (25) o jornal recebe o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Integrantes de sua campanha avaliam que ser a última a falar ao Jornal Nacional pode virar um trunfo para a presidenciável, que já vai ter acompanhado os rivais e poderá explorar temas nos quais os demais tiveram desempenho mais fraco. A estratégia seria mostrar que a senadora é mais preparada que os concorrentes.
No sábado (20), a candidata recebeu o apoio explícito do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em comício na capital paulista. A participação no evento foi vista por aliados de Tebet como um gesto simbólico, em especial pela percepção que havia entre eles de que o tucano evitava associar sua imagem à da senadora em sua campanha.
Desde que foi anunciada como nome do autointitulado centro democrático à Presidência, Tebet vem sendo questionada por integrantes de PSDB e MDB que consideram sua candidatura como tendo pouca viabilidade.
Por outro lado, ala do PSDB ligada ao ex-governador de São Paulo João Doria considerou o evento fraco, com baixa participação popular. Na avaliação desse grupo, o pouco apelo entre eleitores pode prejudicar ainda mais o partido. Esses tucanos estimam ainda que, se Doria fosse candidato no lugar de Tebet, estaria à frente do terceiro colocado, o pedetista Ciro Gomes.
Os apoiadores da senadora reconhecem que o comício tinha poucos participantes no começo, mas dizem que, depois, o evento encheu. Eles afirmam também que a candidatura de Tebet busca marcar uma mudança no MDB, que tenta construir imagem que afaste o partido de figuras como o ex-presidente Michel Temer e os ex-senadores Romero Jucá e Eunício Oliveira, cujos nomes foram envolvidos em escândalos.
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