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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu cartas pela democracia

'Turminha são 1 milhão de pessoas', diz organizador de carta em resposta a Bolsonaro

Para juiz Ricardo Nascimento, operação da PF contra empresários está 'dentro da regra do jogo'

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Brasília

Para o juiz federal Ricardo Nascimento, um dos organizadores da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito", tanto a operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes contra empresários, quanto as provocações do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão dentro da regra do jogo e sinalizam que a democracia está de pé.

Na quarta-feira (24), em ato de campanha em Minas Gerais, Bolsonaro criticou a ação da PF (Polícia Federal) contra seus aliados e provocou lideranças envolvidas nos manifestos divulgados há 15 dias em defesa da democracia e do respeito ao resultado das urnas.

"Somos ainda um país livre. E eu pergunto a vocês: o que aconteceu no tocante aos empresários agora? Esses oito empresários. Eu tenho contato com dois deles. Luciano Hang e o Meyer Nigri. Cadê aquela turminha da carta pela democracia?", disse em fala a prefeitos e líderes evangélicos em Betim (MG).

Cerimônia para a leitura de manifesto pela Democracia, na Faculdade de Direito da USP. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress, MONICA BERGAMO)

"A turminha da carta são 1 milhão de pessoas. O presidente está defendendo a sua posição, dentro do esperado no momento eleitoral, faz parte do jogo. Eu não vou respondê-lo", diz Ricardo Nascimento.

Sobre a operação, Ricardo afirma não ter comentários a fazer, primeiro, por ser juiz e, segundo, por desconhecer o processo.

Mas destacou que Alexandre de Moraes é um magistrado com competência para tomar a decisão que tomou, que, assim como qualquer outra, é passível de recurso. "Discordar de uma decisão é democrático, descumprir é que não é", analisa.

O juiz diz ainda que, quando o ato de leitura do manifesto estava sendo preparado, os organizadores optaram por sinalizar aos atuais ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que não comparecessem à cerimônia, para garantir que não houvesse uma politização posterior.

Pelo menos três têm ligação com a Faculdade de Direito da USP: Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski são professores e Dias Toffoli é ex-aluno. "A ausência deles foi importante. Já estavam representados na defesa que fizemos do respeito à decisão dos tribunais superiores", destaca.

Passados 15 dias da leitura da carta do Largo do São Francisco, o juiz analisa que o legado é positivo e influenciou diretamente na conjuntura do país. "Ali, a gente delimitou as regras do jogo", acredita.

Sobre outras cartas que surgiram depois, ele também reconhece como um movimento legítimo da sociedade. "Isso faz parte do jogo democrático, cartas com visões diferentes, independente de eu simpatizar."

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