Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu Folhajus

Justiça eleitoral manda Kid Bengala apagar vídeo por ferir os bons costumes

Juíza entendeu que material não tem conteúdo programático e pode causar indignação na opinião pública

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O ator pornô e candidato a deputado federal Clóvis Basílio dos Santos, conhecido como Kid Bengala (União Brasil-SP), terá que apagar da rede social TikTok um vídeo de divulgação de sua campanha eleitoral.

Na peça, o candidato faz trocadilhos com conotação sexual.

"Como o Lucas, como o seu João, como o José, como o Ricardo, também como a Flávia, como a Maria, como a Joice, enfim, eu, como todos os brasileiros e brasileiras, estou de saco cheio de tantas sacanagens da política. Por isso, como você, resolvi inovar para meter o pau nessa bagunça. Pode apostar que eu vou entrar é com tudo", diz ele no material, no qual ele também faz movimentos com insinuações sexuais.

A Procuradoria Regional Eleitoral acionou o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e solicitou a exclusão do vídeo, com o argumento de que ele contém gesticulação vulgar, ofensiva, grosseira, nojenta e repugnante, com conotação sexual, preconceituosa e discriminatória, fere a imagem de homens e mulheres e extrapola os limites da liberdade de expressão.

Em sua decisão, em caráter liminar, a juíza Maria Claudia Bedotti diz que o vídeo não veicula qualquer conteúdo programático e pode criar indignação na opinião pública, "seja pelo emprego do verbo comer no sentido sexual, chulo e grosseiro, seja pelo uso de outros termos vulgares, que ferem a moral e os bons costumes, o que não pode ser permitido pela Justiça Eleitoral."

A magistrada acrescenta, ainda, que a propaganda eleitoral é uma maneira de divulgar os problemas e as propostas para solucioná-los. "Serve para apresentar os candidatos, demonstrar seu histórico na luta por uma ideologia, e não para ser apelativa e causar repúdio", afirma.

O candidato diz ao Painel que cumprirá a determinação. "Mas lamento ter minha voz e atitudes censuradas. Meu vídeo jamais teve a intenção de ofender ninguém", afirma.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.