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Número de localidades do Rio com reforço na segurança para eleição aumenta 142%

O TSE acatou o pedido de convocação da força federal para 167 locais fluminenses neste ano

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Brasília

O número de municípios e/ou localidades do Rio de Janeiro que solicitaram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reforço da força federal para o dia das eleições aumentou 142% em quatro anos de acordo com dados da corte.

No estado berço político do presidente Jair Bolsonaro (PL), 167 locais pediram auxílio para garantir a realização da votação no primeiro turno, ante 69 em 2018. É o campeão de pedidos.

Em relação às últimas eleições presidenciais, houve um acréscimo de 10% nas solicitações em todo o país. Da última vez, 372 zonas eleitorais localizadas em 513 municípios/localidades pediram ajuda de forças federais. Em 2022, foram 410 e 568, respectivamente.

Presidentes de sessões eleitorais trazem as urnas eletrônicas para a sede do TRE em Itumbiara (GO) em 2016. Com forte esquema de segurança com a PM de Goiás e homens do exército o TRE inicia a apuração, que segue com grande tranquilidade. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) - Folhapress

O número de estados atendidos é o mesmo, 11. Mas há algumas diferenças significativas. O Rio Grande do Norte, que em 2018 havia contado com o reforço em 97 cidades, não está na lista desta vez. Em seu lugar entrou Alagoas, terra do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com duas localidades.

A unidade da federação com o maior número de solicitantes havia sido o Piauí nas eleições passadas, com 134 — em 2022 serão 85. No Tocantins também houve decréscimo, de 14 para 10.

Outros estados registraram aumento significativo. No Ceará, domicílio eleitoral do presidenciável Ciro Gomes (PDT), saltou 620%, de cinco para 36. No Maranhão, 34%, indo de 72 para 97. São Paulo não consta entre os solicitantes em nenhuma das duas ocasiões.

Os números são reflexo da escalada da violência política nas eleições deste ano, já com dois assassinatos de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste domingo, uma confusão entre o candidato a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e um apoiador de 15 anos do MBL terminou com o jovem ferido.

No início de setembro, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), pediu ajuda ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, para garantir que candidatos consigam fazer campanha em áreas dominadas pela milícia.

"Tenho ouvido [relatos] da campanha política de candidatos na Zona Oeste do Rio que têm sido permanentemente constrangidos por milicianos de fazer campanha", afirmou na ocasião.

O reforço das forças federais à realização das eleições está na legislação desde 1965. Pela regra, cabe aos TRE's (Tribunais Regionais Eleitorais) encaminhar os pedidos indicando os locais ao TSE que, quando aprova, repassa para o Ministério da Defesa.

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