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Campanha de Bolsonaro vê dano em caso das rádios, mas descarta pedir adiamento de eleição

Solicitar troca de data pareceria discurso de quem desistiu da disputa, afirmam aliados do presidente

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São Paulo

O núcleo da campanha de Jair Bolsonaro (PL) afirma que não há discussão interna sobre qualquer pedido de adiamento da eleição relacionado ao que o presidente e seus aliados apontam como suposta fraude na divulgação da campanha presidencial nas rádios de Norte e Nordeste.

A Folha mostrou que as rádios dizem ter provas contra as acusações.

O possível pedido de adiamento se espalhou nas redes sociais a partir de posicionamento do senador Lasier Martins (Podemos-RS). O parlamentar fala em "prejuízo irreparável" e diz que, para restabelecer a equidade no processo eleitoral, é preciso "tempo e investigação profunda". Nesse sentido, segundo Lasier, adiar seria a única solução.

Jair Bolsonaro (PL) participa de entrevista antes de sabatina na TV Record
Jair Bolsonaro (PL) participa de entrevista antes de sabatina na TV Record - Adriano Vizoni-23.out.2022/Folhapres

Procurados pelo Painel, três membros do núcleo da campanha bolsonarista concordaram com o diagnóstico do senador, mas divergiram da solução.

Em caráter reservado, um deles afirma que o dano à campanha de Bolsonaro é irreparável e compara à perda de uma perna. No entanto, diz que a discussão sobre adiamento não existe e que eles pretendem acionar os observadores internacionais das eleições para acompanhar a questão.

Outro diz que pedir o adiamento seria prejudicial ao próprio presidente e daria a impressão de que estaria desistindo da disputa eleitoral por estar atrás de Lula (PT) nas pesquisas.

Por fim, um terceiro diz que o que eles pedem apenas é a suspensão da propaganda de Lula no rádio em todo o país até que se atinja o número de inserções de Bolsonaro que supostamente não foram exibidas.

Ministro das Comunicações, Fabio Faria (à direita), e Fabio Wajngarten, que atua na campanha de Jair Bolsonaro (PL), em entrevista à imprensa no Palácio do Alvorada
Ministro das Comunicações, Fabio Faria (à direita), e Fabio Wajngarten, que atua na campanha de Jair Bolsonaro (PL), em entrevista à imprensa no Palácio do Alvorada - Evaristo Sá / AFP

Os dados do relatório encaminhado pela coligação de Bolsonaro ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com alegações de supressão de inserções eleitorais do presidente em estados do Nordeste são contestados por ao menos 6 das 8 rádios citadas pela campanha.

As rádios apontam divergências entre o número e os horários das inserções identificados pela empresa Audiency, contratada pela campanha de Bolsonaro, e o que foi realmente veiculado. Alegam que possuem as gravações dos dias citados no relatório e que estão à disposição das autoridades.

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