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Descrição de chapéu Datafolha

Campanha de Lula avalia que ação junto a igrejas alavancou Bolsonaro em MG

Petista cumpre agenda no estado nesta sexta para conter avanço do presidente

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Brasília

Interlocutores próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que o avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas se deve à atuação ostensiva de igrejas evangélicas, sobretudo em Minas Gerais, um dos maiores colégios eleitorais do país.

Na última semana, o presidente flutuou de 65% para 66% no grupo, que representa pouco mais de um quarto dos brasileiros, ao passo que o petista oscilou negativamente de 31% para 28%, segundo o Datafolha.

Na última quarta-feira (19), por exemplo, Nikolas Ferreira (PL-MG), o deputado federal mais votado no Brasil, reuniu lideranças religiosas de 800 igrejas e 246 cidades mineiras. Nesta sexta (21), a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, chega ao estado para fazer uma série de agendas em cinco municípios, ladeada pela senadora eleita Damares Alves (Republicanos-MG).

O pastor Sergio Dusilek participa de evento de um ato de apoio à campanha de Lula (PT) para a Presidência da República, no Rio de Janeiro - Arquivo Pessoal

Por conta dessa ofensiva de igrejas evangélicas e pelo que chamam de "avalanche" de fake news, Lula acabou convencido da necessidade de fazer um aceno a esse segmento religioso. Reuniu-se nesta quarta com pastores e divulgou uma carta na qual se diz contra o aborto e a favor da liberdade religiosa.

Mais do que isso, no entanto, o petista não está disposto a fazer. Integrantes do núcleo da campanha afirmam que o principal objetivo foi marcar uma posição e tentar estancar os ataques que vinha sofrendo por pastores apoiadores de Bolsonaro.

Independente de se o encontro servirá para virar votos ou não, Lula avalia que já deu o recado que precisava e que qualquer movimento além disso seria mergulhar a campanha em uma guerra religiosa, o que ele tem tentado evitar desde o início da campanha.

Para virar esses votos, Lula também desembarca em Minas nesta sexta e cumprirá agendas em Teófilo Otoni, Juiz de Fora, Ribeirão das Neves e Belo Horizonte. O foco, no entanto, deve ser a economia. Seus aliados defendem que, nesta reta final, o ex-presidente se dedique a convencer ser mais capaz de melhorar a condição de vida dos brasileiros que Bolsonaro.

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