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Prefeitura de SP diz que alteração em edital de moradia é correção para beneficiar população

Gestão Nunes fez mudança no edital do programa Pode Entrar cinco dias antes da entrega de propostas por empreiteiras

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São Paulo

A gestão Ricardo Nunes (MDB) afirma que a alteração realizada no último sábado (21) no edital do programa de compra de unidades de habitação social Pode Entrar cinco dias antes da abertura dos envelopes com propostas foi uma "correção necessária com base em valor de mercado vigente na região onde as unidades estão localizadas".

"A gestão do prefeito Ricardo Nunes, como nunca antes realizado, retira da teoria do velho discurso e coloca em prática ações reais para diminuir as desigualdades sociais. As 104 mil unidades ofertadas, superior às 40 mil previstas, provam que a decisão foi acertada", diz a prefeitura, em nota.

Ocupação no largo do Paissandu, no centro de São Paulo
Ocupação no largo do Paissandu, no centro de São Paulo - Avener Prado-8.out.2015/Folhapress

Uma das principais novidades apresentadas pelo programa é a possibilidade de compra de imóveis prontos ou em obras junto à iniciativa privada. Criado durante a gestão Bruno Covas (PSDB), o Pode Entrar prevê a entrega de 70 mil imóveis até o fim de 2024 e é uma das apostas de Nunes em sua busca pela reeleição.

Reportagem do Painel publicada nesta sexta-feira (27) mostrou que a alteração feita no edital modificou a forma de calcular o preço referencial mínimo do metro quadrado a ser pago pela prefeitura pelas unidades habitacionais. Com isso, o valor que a prefeitura pagará a construtoras pelos imóveis tornou-se mais alto.

No distrito de Raposo Tavares, para citar um exemplo, o preço mínimo de referência do metro quadrado era de R$ 4.386 antes da alteração. Depois dela, passou a ser de R$ 5.397. Com isso, uma unidade habitacional de 40 metros quadrados que custaria R$ 175,4 mil para a prefeitura passará a custar R$ 210 mil, que é o valor máximo. A diferença de R$ 35 mil, se multiplicada por 1.000 unidades, resultaria em R$ 35 milhões a mais a serem pagos pela prefeitura às construtoras.

A administração municipal afirma que a alteração, "classificada pelo Painel como repentina e benéfica para empresas", beneficia, na verdade, quem aguarda "há décadas a casa própria", e diz que o título da reportagem, "Gestão Nunes altera edital bilionário a dias de abrir envelopes e beneficia empreiteiras", induz os leitores a conclusão equivocada.

Leia a nota da Secretaria de Comunicação da gestão Nunes abaixo:

O título da reportagem "Gestão Nunes altera edital bilionário a dias de abrir envelopes e beneficia empreiteiras" (Painel, 27/01) faz afirmação improcedente e induz os leitores a conclusão equivocada. O Pode Entrar, programa inédito que agiliza a aquisição de moradia popular com total transparência, beneficia, sim, quem aguarda há décadas a casa própria. A alteração do edital que o Painel classifica como repentina e benéfica para empresas é, na verdade, correção necessária com base em valor de mercado vigente na região onde as unidades estão localizadas. A gestão do prefeito Ricardo Nunes, como nunca antes realizado, retira da teoria do velho discurso e coloca em prática ações reais para diminuir as desigualdades sociais. As 104 mil unidades ofertadas, superior às 40 mil previstas, provam que a decisão foi acertada.

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