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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Presidente interina do CFM que celebrou ato golpista é casada com coronel do Exército

Rosylane Rocha exaltou omissão de policiais do DF diante de invasores do STF

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São Paulo

Presidente interina do Conselho Federal de Medicina, a médica Rosylane Rocha é casada com o coronel Lúcio Anderson de Azevedo Rocha, que fez parte do gabinete do comando do Exército de abril de 2019 a julho de 2021.

Em publicações nas redes sociais, Rosylane celebrou as manifestações golpistas que culminaram na invasão e vandalização do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) que ocorreram em Brasília no domingo (8).

Rosylane é segunda vice-presidente, mas está à frente do CFM porque seus dois superiores encontram-se fora do Brasil.

Lúcio Costa, coronel do Exército, e Rosylane Rocha, presidente interina do CFM
Lúcio Costa, coronel do Exército, e Rosylane Rocha, presidente interina do CFM - Reprodução/Instagram/@rosylanerocha

O coronel Rocha assumiu o posto no gabinete do comando do Exército durante a gestão de Edson Pujol, que renunciou ao cargo depois que Jair Bolsonaro (PL) demitiu o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, por se recusar a fazer gestos públicos de apoio político a ele.

O sucessor de Pujol, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, exonerou Rocha três meses após chegar ao posto de comandante.

O Exército tem sido acusado de omissão diante das invasões em Brasília, especialmente no caso do Palácio do Planalto, pois dois de seus batalhões, o Regimento de Cavalaria de Guarda e o Batalhão da Guarda Presidencial, têm como função a proteção do local.

Procurada pelo Painel, Rosylane diz ser casada com o coronel Lúcio Anderson desde 1998 e que ao longo dos anos construíram trajetórias profissionais independentes, nunca permitindo interferências mútuas nos respectivos espaços de atuação.

Nas redes sociais, Rosylane publicou uma foto que mostra os extremistas invadindo o Congresso e escreveu "agora vai!". Ela também compartilhou uma imagem de uma pichação que diz "perdeu, mané" na escultura "A Justiça", feita em 1961 pelo artista plástico Alfredo Ceschiatti e que fica em frente ao Supremo.

A frase "perdeu, mané" faz alusão a uma resposta dada pelo ministro do tribunal Luís Roberto Barroso a um bolsonarista após sofrer hostilidades dos militantes durante viagem a Nova York.

Rosylane também publicou uma reprodução de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que diz que policiais abandonaram a barreira que faziam para comprar água de coco enquanto os golpistas invadiam o STF.

A presidente interina do CFM escreveu "polícia é para prender bandido e não pessoas de bem" e "alguém tem que ter coragem! Viva a PM do DF".

Em outubro, Rosylane protagonizou controvérsia ao defender, como relatora no CFM, a restrição da prescrição médica de canabidiol. A norma que foi criada a partir do relatório foi alvo de uma onda de críticas de especialistas, que a consideraram um retrocesso e mal fundamentada. O CFM depois revogou a norma, como revelou o Painel.

O CFM também teve sua atuação bastante criticada durante a pandemia, quando se alinhou ao governo Jair Bolsonaro e manteve a possibilidade de médicos prescreverem remédios sem eficácia contra a Covid-19, como a cloroquina.

Rosylane Rocha, do CFM, celebra atos golpistas em Brasília
Rosylane Rocha, do CFM, celebra atos golpistas em Brasília - Reprodução/Instagram/rosylanerocha

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