Aprovados na semana passada pela CPI do MST, os depoimentos dos líderes sem-terra João Pedro Stedile (MST) e José Rainha (Frente Nacional de Lutas) devem demorar ainda para acontecer.
A cúpula da comissão, controlada pela oposição ao governo Lula (PT), adotou como estratégia reunir o máximo de informações possível sobre o funcionamento dos dois movimentos antes de fazer a inquirição.
"Estamos recebendo denúncias, relatórios e pedidos de informação. De uma forma estratégica, estamos esperando o melhor momento para que os depoimentos ocorram", diz o presidente da CPI, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS).
Tanto Stedile quanto Rainha foram convocados, ou seja, serão obrigados a comparecer.
A CPI deve fazer um esforço concentrado nas próximas duas semanas, antes do recesso parlamentar, com três sessões em vez de duas.
Também está nos planos realizar ao menos três novas diligências em locais onde há disputa de terras, como foi feito no Pontal do Paranapanema em maio.
Segundo Zucco, a CPI já deu um resultado prático, que foi o de obrigar o governo Lula a mudar sua atitude frente ao agro. "Eles passaram a procurar diálogo, mudaram de postura", afirma.
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