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Delação premiada de Mauro Cid para CPI seria a glória, diz relatora

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) também diz que vai defender processo por falso testemunho se ex-ajudante de ordens de Bolsonaro mentir em depoimento

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Brasília

Uma delação premiada de Mauro Cid seria "a glória" para a CPI do 8 de janeiro, afirma a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que vê com reticência a possibilidade de convocar parentes do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) caso ele se mantenha calado nesta terça-feira (11).

O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à CPMI é visto como fundamental para esclarecer pontos dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele também foi convocado para falar sobre a suposta adulteração dos cartões de vacinação do ex-presidente —motivo pelo qual está preso desde maio.

Mauro Cid (primeiro à esquerda) em evento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Mauro Cid (primeiro à esquerda) em evento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - Mauro Pimentel/AFP

Nesse mesmo mês, o advogado Rodrigo Roca, ligado à família Bolsonaro, deixou a defesa do tenente-coronel e foi substituído pelos advogados Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore —o primeiro é especialista em delação premiada.

Para Eliziane, as informações de Mauro Cid facilitariam o trabalho da comissão. "Uma delação premiada dele para a CPI seria a glória", afirma a relatora.

A senadora lembra que há um precedente do STF (Supremo Tribunal Federal) que autoriza Mauro Cid a ficar calado somente perante questões que possam incriminá-lo. "A gente vai mais uma vez avocar essa decisão para tentar colher dele o máximo possível de informações, até porque ele é uma peça muito central nisso", diz.

Eliziane também vê com cautela a possibilidade de convocação de familiares do tenente-coronel, como desejam alguns governistas. "Acho que se a gente não conseguir extrair dele elementos que a gente acha que são fundamentais e básicos, a gente deverá procurar naturalmente outras alternativas. Mas não é algo que está no nosso radar."

A senadora também ressalta que, se o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro mentir, poderá sofrer um processo de falso testemunho.

"Eu acho que não dá para a gente ficar o tempo inteiro achando que as pessoas vêm para cá e vão mentir, como a gente já viu tantos mentindo", critica. "Acho que vulgariza se a gente não tomar uma atitude mais enérgica, e, no caso dele assim como no dos que virão, eu estarei defendendo um processo por falso testemunho."

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