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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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MST aumenta críticas ao governo Lula e prevê protestos

Coordenador do movimento diz que gestão federal não tem comprado produtos da agricultura familiar

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O MST aumentou o tom das cobranças ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo que vê como paralisia no processo de reforma agrária. As críticas agora se estendem à demora na aquisição de produtos da agricultura familiar pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

"Até agora o governo não comprou um quilo de alimento da agricultura familiar dentro do PAA [Programa de Aquisição de Alimentos]. As famílias se preparam para isso, plantam com essa expectativa. A insatisfação é grande", diz João Paulo Rodrigues, membro da coordenação nacional do movimento.

Faixas do MST em ocupação na fazenda Esmeralda, em Duartina, no interior de SP
Faixas do MST em ocupação na fazenda Esmeralda, em Duartina, no interior de SP - Eduardo Anizelli-27.jul.2017/Folhapress

O PAA fornece alimentação para cesta básica, ações de caridade, asilos, hospitais e diversos serviços públicos. A demanda do MST era que o gasto anual fosse de R$ 1,1 bilhão, mas apenas R$ 250 milhões foram autorizados no início do ano. "E mesmo esse valor menor parece que se perdeu na burocracia", afirma Rodrigues.

As reclamações também incluem o ritmo de assentamentos de famílias. A demanda do MST era de 50 mil em 2023, a um custo de R$ 2,85 bilhões. Nada foi feito até o momento, segundo o dirigente.

"Minha preocupação é que em algum momento as famílias comecem a fazer uma reclamação nacional, indo para a estrada, parando rodovias, por exemplo. Não está prevista no momento uma jornada de ocupações, mas já há uma reclamação de que precisaremos de cinco mandatos do Lula para concluir o processo de reforma agrária", afirma.

Rodrigues diz que tem conversado com membros do governo e sugeriu a criação de uma espécie de força-tarefa da reforma agrária. Até agora, diz que não recebeu resposta.

Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário não se manifestou.

João Paulo Rodrigues, coordenador do MST, durante entrevista entrevista à Folha
João Paulo Rodrigues, coordenador do MST, durante entrevista entrevista à Folha - Bruno Santos-7.jun.2022/Folhapress

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