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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Sabesp

Presidente da Câmara de SP quer incluir venda da Sabesp no Orçamento de 2024 e cobra Tarcísio

Milton Leite (União) fala em 'guerra' e diz que capital pode assumir serviço de água se não houver acordo

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São Paulo

Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil) pediu ao relator do Orçamento de 2024, Sidney Cruz (Solidariedade), que inclua duas rubricas no projeto: uma para receitas com a possível privatização da Sabesp pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e outra para recursos para a criação de uma agência municipal de tratamento de água e esgoto, caso a capital não participe da desestatização e decida assumir os serviços.

O Orçamento municipal foi aprovado na segunda-feira (29) e passará por uma segunda votação até o fim deste mês.

O pedido de Leite pressiona Tarcísio a discutir quanto dos recursos da venda da Sabesp ficará com a capital, que responde por 55% do faturamento da estatal, o que o governo não fez até agora e tem sido cobrado a fazer pelos municípios.

O governo de São Paulo não divulgou números de quanto deve arrecadar para os cofres públicos com a desestatização nem detalhes sobre a suposta redução da tarifa caso a companhia vá para o controle privado.

Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil)
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil) - Afonso Braga-13.abr.2023

O governador incluiu a privatização da Sabesp no projeto de Lei Orçamentária Anual que enviou para a Assembleia Legislativa no começo de outubro.

Ao tratar do tema na quarta-feira (29), durante sessão da Câmara, Leite disse "nós não podemos dar um tiro, mas nosso exército tem que estar pronto para a guerra", em citação que atribuiu a George Washington, ex-presidente dos EUA.

O presidente da Câmara disse que é contra o formato atual da privatização, em que o "dinheiro só foi para lá", em referência ao governo estadual. "O município não deverá abrir mão [do serviço de água e esgoto] sem uma outorga mínima".

Segundo Leite, a cidade deve receber 55% do valor da venda para aceitar a prorrogação do contrato de 2040 para 2060, dado que responde por essa fatia do faturamento da estatal. Além disso, ele defende a manutenção da destinação de 7,5% da receita bruta obtida na capital pela empresa para o Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (FMSAI) e 13% para os investimentos na capital.

"Não é justo que ampliemos o prazo e que o município não fique com nada além dos problemas que estão deixando", afirmou o presidente da Câmara.

Em outubro, após dizer que considerava desnecessária a aprovação formal pelos municípios de novos contratos com a Sabesp para que a privatização da empresa seja efetivada, o governo Tarcísio recuou e afirmou que haveria, sim, a participação do Legislativo paulistano.

Estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo
Estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo - Gabriel Cabral-26.jul.2019/Folhapress

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