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CPI que mira padre Júlio Lancellotti deve ser instalada em fevereiro

Vereador Rubinho Nunes (União) costurou acordo com a cúpula da Câmara Municipal de SP

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São Paulo

A CPI das ONGs, de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), deve ser instalada assim que a Câmara Municipal de São Paulo retomar os trabalhos, em fevereiro. Ela tem como principal alvo a atuação do padre Júlio Lancellotti na região central da capital, mais especificamente na cracolândia, e a relação dele com as entidades.

O vereador articulou junto à cúpula do Legislativo um acordo para instalação da CPI após ter conseguido as 19 assinaturas necessárias para protocolá-la. A investigação deverá ganhar contornos eleitorais, pois Lancellotti é próximo de Guilherme Boulos (PSOL), um dos pré-candidatos à Prefeitura de SP em 2024.

O partido de Rubinho, União Brasil, apoiará a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), e Kim Kataguiri, filiado à sigla, também é pré-candidato. O partido tem Milton Leite, presidente da Câmara Municipal, como principal liderança no estado.

As ações de Rubinho têm sido alvo de críticas de representantes da esquerda, e os vereadores do PT Luna Zarattini e Hélio Rodrigues denunciaram o colega à Corregedoria da Câmara Municipal de SP.

Padre Júlio Lancellotti durante ato pelo fim da violência policial contra a população de rua
Padre Júlio Lancellotti durante ato pelo fim da violência policial contra a população de rua - Marlene Bergamo-15.abr.2022/Folhapress

As duas entidades que o vereador já definiu que deverão ser alvos da CPI são o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambas atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos da região central da cidade, assim como o padre.

A primeira é uma entidade filantrópica ligada à igreja católica da qual o padre Júlio já foi conselheiro. A segunda atua contra a violência policial na região da cracolândia.

Em dezembro, o pároco disse à coluna que não tem qualquer incidência sobre as entidades e não atua em projetos conjuntos com elas.

"Elas são autônomas, têm diretorias, técnicos, funcionários. A Câmara tem direito de fazer uma CPI, mas vai investigar e não vai me encontrar em nenhuma das duas", afirmou.

Ele ainda disse que não é do conselho da Bompar há 17 anos, e que ocupava uma posição sem remuneração no conselho deliberativo da entidade.

O padre também afirmou que o vereador e seus aliados "ficam personalizando e criminalizando para fugir do debate da questão" e que deveriam "convocar o prefeito [Ricardo Nunes], a Secretaria de Assistência Social, que têm o dinheiro público".

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