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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu MST

Marcha em memória dos 60 anos do golpe terá encontro com família de João Goulart

Participantes sairão do Rio de Janeiro com destino a Juiz de Fora (MG) em 1º de abril, em trajeto inverso ao feito pelo general Olímpio Mourão Filho em 1964

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Brasília

Entidades e ativistas políticos farão em 1º de abril, em Juiz de Fora (MG), uma Marcha da Democracia em memória dos 60 anos do golpe de 1964, em ato no qual está previsto o encontro de participantes com a família do ex-presidente João Goulart e com a de outros personagens da época.

Mobilização de tanques no Rio de Janeiro em abril de 1964
Mobilização de tanques no Rio de Janeiro em abril de 1964 - Arquivo Nacional/Correio da Manhã

Caravanas partirão da Cinelândia, no Rio de Janeiro, em direção à cidade mineira, em uma marcha inversa à feita pelo general Olímpio Mourão Filho na noite de 31 de março de 1964, quando o militar enviou tropas à capital fluminense.

"Não devemos nos acomodar ou recuar nessa luta, com ou sem apoio de governo", afirma a deputada estadual Marina do MST (PT-RJ). "Vamos para a rua por todos os que estiveram nessa luta antes de nós. Reparar o passado é a melhor maneira de não repeti-lo no presente. Não é afronta a ninguém. A ditadura bateu à nossa porta recentemente e é nosso dever não silenciar neste dia tão simbólico, de um período tão nefasto para o nosso país."

No ato está prevista a entrega do título de doutor "honoris causa" póstumo ao ex-presidente João Goulart pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

A Marcha da Democracia fará duas paradas para atos simbólicos em memória dos perseguidos políticos na ditadura. A primeira será em frente ao palácio Quitandinha, na entrada de Petrópolis, cidade onde está localizada a Casa da Morte, um dos principais centros de tortura na ditadura.

A segunda parada será sobre a ponte do Rio Paraibuna, na antiga divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais. Em abril de 1964, as estruturas da ponte foram preenchidas com dinamites pelas tropas do general Mourão Filho para inibir qualquer reação ao golpe.

A marcha é organizada por entidades como Coalizão Brasil por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a ABI (Associação Brasileira de Imprensa), o CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) de Petrópolis, além de deputados federais e estaduais, entre outros.

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