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Governo do RS prevê manter reforço na segurança por mais 60 dias

Efetivo emergencial recorde contribuiu para queda nos índices de criminalidade no estado em maio

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O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, prevê que o esquema especial de prevenção à criminalidade no estado, afetado por fortes chuvas, perdure por ao menos mais 60 dias.

Agentes da Força Nacional atuam no patrulhamento de região alagada em Canoas (RS) - Pedro Ladeira/Folhapress

São cerca de 28 mil agentes de segurança nas ruas, número inédito na história gaúcha. O efetivo inclui policiais que tiveram férias e folgas canceladas, remanejamento de servidores que fazem funções administrativas e convocação de pessoal da reserva.

Além disso, há 788 policiais de fora reforçando a segurança: 267 da Força Nacional e 521 de outros estados (cerca de metade, cedidos por São Paulo). "Tanto a Força Nacional quanto os estados já se dispuseram a manter seus efetivos aqui pelo tempo que for necessário", afirma o secretário.

O reforço contribuiu para que os índices de criminalidade no estado caíssem em maio, mês em que a crise das enchentes teve seu pico. Foram 78 homicídios no Rio Grande do Sul no mês, queda de 23,5% com relação a abril. Já os furtos no período caíram 40%, e os roubos, 52%, também na comparação com abril.

Segundo Caron, a diminuição na criminalidade é parte de uma tendência que vem desde 2023 e se acentuou agora. Ele diz que o desafio é manter essa realidade quando o esquema de reforço na segurança for revertido, à medida em que a situação de crise melhore.

"Vamos manter a pressão operacional, a efetividade, e evitar um repique nos números. A situação de crise maior já passou, mas não podemos baixar a guarda, queremos estar dois ou três passos à frente sempre", diz.

Além do reforço policial, Caron atribui a queda nos índices também ao fato de grupos criminosos terem sido impactados pelas enchentes, com maiores obstáculos para cometerem delitos.

Além da dificuldade em chegar até as suas potenciais vítimas, tiveram esconderijos e depósitos de armas e drogas alagados.

Para o secretário, não há influência nas estatísticas das dificuldades que as pessoas tiveram por não conseguirem registrar boletins de ocorrência em delegacias. "As estatísticas que divulgamos são apenas de crimes mais graves, em que não há subnotificação", afirma.

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