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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Governo Lula

Centrão diz que nova reforma da Previdência depende do PT, que descarta

Parlamentares dizem que proposta gera desgaste público; Gleisi diz que não há chance de endosso do partido

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São Paulo

Líderes do centrão na Câmara dos Deputados afirmam ao Painel que uma nova reforma da Previdência só pode prosperar no Legislativo caso a iniciativa seja do governo Lula (PT) e seja abraçada por parlamentares petistas.

Eles dizem que um projeto do tipo gera muito desgaste público aos deputados, que são penalizados nas urnas, e citam como exemplo a reforma trabalhista de 2017, que, avaliam, prejudicou a votação dos parlamentares que apoiaram sua aprovação no ano seguinte.

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Sessão do Congresso Nacional para análise de vetos presidenciais

Os deputados afirmam que uma nova reforma da Previdência beneficiaria sobretudo o Executivo, que por isso deveria encabeçar os esforços, com endosso do PT no Legislativo.

Presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann diz que não há nenhuma chance de que isso ocorra.

"Querem o quê? Retirar mais direitos?", pergunta. O deputado federal Jilmar Tatto, secretário nacional de Comunicação da legenda, diz que se o governo Jair Bolsonaro (PL), que reproduzia os interesses do mercado, não propôs essa reforma, não será o de Lula que o fará.

A última reforma previdenciária foi promulgada em 2019 pelo Congresso Nacional, no governo Bolsonaro, mas começou a ser discutida na gestão Michel Temer (MDB). Há um entendimento de diferentes setores, no entanto, de que ela teve efeito limitado e não deu conta de resolver a situação das contas da Previdência.

Como mostrou a Folha, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem defendido a discussão da reforma a partir de 2025. No entanto, o tema ainda não ganhou o interesse dos principais candidatos a sucessores de Lira a partir do ano que vem, os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

A Previdência Social terá um aumento de ao menos R$ 100 bilhões em suas despesas nos próximos quatro anos devido à política de valorização do salário mínimo instituída pelo governo Lula.

A contenção do crescimento das despesas da Previdência é apontada como necessária para garantir a sobrevivência do novo arcabouço fiscal no médio e longo prazos.

A ministra Simone Tebet (Planejamento) já defendeu a desvinculação dos benefícios previdenciários da correção do salário mínimo, gerando críticas entre integrantes do PT. Há também uma resistência do próprio Lula sobre mudanças nessa direção.

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