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Empresas responsáveis por Mariana querem parcelar em 20 anos reparação e geram impasse

Vale, Samarco e BHP, responsáveis pelo desastre em 2015, propõem pagar os R$ 100 bilhões pactuados em prestações iguais por duas décadas

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Brasília

A proposta de Vale, Samarco e BHP, empresas responsáveis pelo desastre provocado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), de parcelar em 20 vezes o valor de R$ 100 bilhões pactuado nas negociações para reparação pelo episódio encontra resistência do poder público.

Empresa de ração para gado destruída no município de Barra Longa apos rompimento de barragem em Mariana - Danilo Verpa/Folhapress

O fluxo de pagamento para cobrir compensações ambientais e a reparação econômica dos atingidos pela tragédia provocou insatisfação de União, governos de Minas Gerais e Espírito Santo, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, além de ministérios públicos e defensorias públicas de MG e ES.

Sob reserva, representantes do poder público ressaltam que, pela proposta das empresas, a última parcela seria paga 30 anos após o desastre que gerou o pagamento das indenizações, ocorrido em 2015.

Pelo acordo construído até agora, o poder público assumirá a maior parte das obrigações relacionadas à reparação. No entanto, com o prazo alongado do parcelamento, a avaliação é de que pode não haver recursos necessários para cumprir o acertado em tempo razoável, principalmente por causa do impacto da tragédia para a população e para o meio ambiente dos estados atingidos.

A proposta do poder público seria o pagamento de 60% nos seis primeiros anos, enquanto o valor restante poderia ser parcelado em nove anos —num total de 15 anos.

As negociações estão em curso no Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF 6ª).

Procurada, a Vale diz que as negociações estão avançadas a partir de propostas previamente apresentadas e divulgadas pelas partes. "Até o momento, nenhum acordo definitivo foi alcançado. A companhia espera chegar a um acordo final no processo de mediação em outubro de 2024, o qual será devidamente divulgado ao mercado".

Já a Samarco afirma estar empenhada na "reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão." "As negociações para repactuação do acordo seguem em andamento, sob sigilo, e a empresa confia que as partes chegarão a um consenso, em breve, dando caráter definitivo ao assunto."

A BHP não respondeu ao pedido de manifestação.

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