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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Esforço de empresas aéreas em reduzir preços é questionado

À espero do veto em mala grátis, companhias não se comprometem a baixar valor do despacho

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São Paulo

À espera de que Bolsonaro vete o trecho da medida provisória que obriga as aéreas a despachar malas de graça, surgem no governo questionamentos sobre o conforto das empresas diante da redução da concorrência, acentuada pela crise da Avianca.

A impressão é que há pouca iniciativa no setor em demonstrar esforço para baixar preços. Na argumentação para convencer o presidente não veio compromisso das companhias em parar de subir o valor da mala despachada.

Escadinha Conforme relembra a procuradora Carolina Rosado, do Ministério Público Federal do Tocantins, as maiores empresas do setor começaram cobrando R$ 30 pela bagagem despachada em 2017, depois subiram para cerca de R$ 50 em 2018 até chegar aos atuais R$ 60.

Caos Dentro do governo, lembram com desaprovação do momento em que a Abear (associação do setor) resolveu começar a barrar passageiros que tentavam embarcar com bagagem fora do padrão, irritando os consumidores.

Desvio de rota O arrocho na fiscalização ocorreu em meados de abril, no momento mais inadequado possível, quando a medida provisória esquentava no Congresso, e deu fôlego para iniciativas de alteração no texto.

Custo em dólar Companhias argumentam que os valores das passagens não dependem apenas da bagagem e que os preços subiram para acompanhar os custos, que são dolarizados em sua maior parte.

Em obras A Sephora fechará as lojas nos Estados Unidos nesta quarta (5) para treinar funcionários sobre diversidade. A decisão não terá reflexos no Brasil —ao menos por ora, diz a empresa. Em abril, a cantora negra SZA acusou uma das lojas de racismo depois que um funcionário desconfiou que ela roubava.

TV Pirata Na batalha contra os aparelhos que pirateiam a TV paga, a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) afirma que a Receita Federal apreendeu 12 mil decodificadores irregulares. Parte dos equipamentos clandestinos será destruída em um mutirão nesta quarta-feira (5), em Foz do Iguaçu.

Fronteira Com o novo lote de decodificadores piratas apreendidos, o total de equipamentos destruídos alcança 112 mil desde 2016, quando a ABTA e a alfândega de Foz do Iguaçu firmaram termo de cooperação. Segundo a entidade, a fronteira do Brasil com o Paraguai é uma das principais rotas de entrada para os produtos ilegais no país.

Saque A reunião do conselho do FGTS com o Ministério da Economia nesta terça (4) deve esquentar. Na última semana, o anúncio dos planos de Paulo Guedes para liberar saques de contas ativas desagradou o grupo. Para o órgão, a medida põe em risco o orçamento do fundo.

Direitos A Glovo, startup de entrega de comida que deixou o Brasil este ano alegando alta competição, está no centro de uma nova crise que envolve a discussão de regulamentação trabalhista na Europa.

FogoA última semana foi marcada por protestos em Barcelona, com queima de mochilas e forte presença no noticiário local, depois que um ciclista morreu atropelado por um caminhão de limpeza.

Precário Os entregadores dizem que para obter renda dirigem horas seguidas, infringem leis de trânsito e aceitam todos os pedidos para serem bem avaliados. O atropelado era do Nepal e usava a conta de um terceiro— alternativa de imigrantes sem documentos. A Glovo diz que arcará com os custos.

Pastel de nata Pelo terceiro ano, Lisboa é o destino internacional mais procurado por brasileiros no Skyscanner, site que compara preços de passagens. Na sequência estão Miami e Buenos Aires.

Gajo Pela primeira vez, Porto apareceu entre os dez principais destinos, desbancando Madri. Três das cidades mais desejadas são americanas. Orlando aparece em quinto lugar e Nova York em sexto.

Entrada A passagem para Portugal ficou mais barata. Em 2018, o preço médio para Lisboa foi R$ 3.315. Até maio de 2019, caiu para R$ 2.828.

Recicla A Fiesp criou um sistema de logística reversa de embalagens que envolve toda a cadeia produtiva, de fabricantes e comerciantes até recicladoras e cooperativas. Pelo sistema, são promovidas rodadas de concorrência de certificados de reciclagem para que comprovem a destinação correta de suas embalagens.

Com Paula Soprana e Laísa Dall'Agnol

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