Com a escalada do IGP-M, o valor do aluguel de um dos hospitais da Rede D'Or São Luiz em São Paulo ultrapassou R$ 2,6 milhões ao mês a partir de julho, o que levou a empresa a entrar na Justiça pedindo a substituição do índice para o IPC-Fipe no contrato. Na semana passada, a Justiça negou o pedido, mas a Rede D'Or deverá recorrer.
Pelo IGP-M, que superou 37% no acumulado de 12 meses no pico de maio, o reajuste ficou em mais de R$ 711 mil na unidade Anália Franco da rede.
Na decisão, o juiz Caramuru Francisco, da 18ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de SP, afirmou que não houve "qualquer onerosidade excessiva" e "os problemas econômicos atualmente existentes são comuns a todos os sujeitos, inclusive o próprio locador".
A empresa afirma que o hospital continuará no mesmo endereço. "O IGP-M vem sendo amplamente questionado na Justiça como índice de correção dos aluguéis. Diversas ações de vários setores produtivos estão em curso, e há um espectro de decisões judiciais já promovendo a substituição do IGP-M pelo IPCA na correção dos aluguéis. No caso em questão, cabe recurso", diz o Hospital Anália Franco.
A curva da variação do IGP-M vem caindo desde maio, chegando, em setembro, ao patamar próximo de 25% em 12 meses, ainda alto se comparado aos cerca de 18% do mesmo mês no ano passado.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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