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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu CPI do MST Congresso Nacional

Salles quer ouvir presidente da Suzano sobre invasões do MST

Defensor do agro no governo Bolsonaro, relator da CPI que investiga invasões de terra convoca Walter Schalka

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São Paulo

Em meio a uma disputa política entre governistas e oposição, o relator da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na Câmara dos Deputados, Ricardo Salles (PL-SP), protocolou nesta terça (20) um pedido de convocação do presidente da Suzano, Walter Schalka.

Ministro do Meio Ambiente no governo Jair Bolsonaro, Salles defendeu interesses do agronegócio e, na sua gestão, atacou o MST.

Homem branco usa óculos e posa sorridente
Walter Schalka, presidente da Suzano - Divulgação/Suzano

Na CPI, o atual deputado quer que Schalka relate como foi a invasão ocorrida pelo MST em quatro fazendas da companhia de papel e celulose.

Três fazendas, invadidas em fevereiro, estão localizadas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, extremo sul da Bahia. A quarta, invadida em abril, fica em Aracruz (ES).

O deputado afirma que uma das justificativas do MST para as invasões era a de que as terras estavam improdutivas. Por isso, ainda segundo Salles, exigiam a desapropriação para reforma agrária.

"Ocorre que, diferentemente do que alegou o MST, todas as fazendas são produtivas e fornecem matéria-prima para o desenvolvimento das atividades da empresa que, por sua vez, emprega milhares de pessoas direta e indiretamente, além de promover ações afirmativas para funcionários e preservação do meio ambiente", afirma Salles.

A movimentação dos sem terra gerou mal-estar no governo, que precisou intervir para evitar que uma crise estourasse no Palácio do Planalto, aprofundando o desgaste com o agronegócio.

À época, a Suzano afirmou que as propriedades da Bahia foram danificadas pelos membros do movimento.

Nas últimas semanas, outros deputados da comissão também sugeriram a convocação de diretores da Suzano para comentarem sobre as invasões. Os requerimentos ainda não foram votados.

A Suzano não se manifestou até o momento.

Com Diego Felix

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