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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Palmeiras suporta Soteldo e faz gol de treinamento

Gol da vitória no clássico pode representar o título do alviverde

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Vinte meses depois da final da Libertadores, da transferência para o Toronto e do retorno ao Santos, Soteldo voltou a colocar medo no Palmeiras. Na final da Libertadores, do Maracanã, 30 de janeiro de 2021, o medo era do venezuelano.

Orlando Ribeiro, técnico interino santista, campeão da Copinha dirigindo Antony no São Paulo de 2019, foi inteligente ao escalar Soteldo atrás dos volantes. A expulsão de Danilo aconteceu por erro do volante, forçado por ter de marcar o meia.

O Palmeiras não está avassalador. Salvo pelo lindo gol de Merentiel, que garantiu a vitória por 1 a 0 e manteve a distância de oito pontos, no mínimo, para o 2º colocado.

Danilo marca Soteldo durante clássico entre Palmeiras e Santos neste domingo (18), no Allianz Parque
Danilo marca Soteldo durante clássico entre Palmeiras e Santos neste domingo (18), no Allianz Parque - Carla Carniel/Reuters

Natural para equipe construída para chegar ao ápice físico mais cedo do que os outros, por causa do Mundial. Contra o Santos, atacou e pressionou, mas sem brilho. Mais incisivo foi contra o Juventude, quando finalizou 24 vezes. Precisava responder rapidamente após ter sido eliminado da Libertadores.

O líder do Brasileiro fica mais forte quando marca no campo de ataque. Depois dos 25 do 1º tempo, contra o Santos, desarmou três vezes à frente do círculo central e passou a dominar o clássico.

Durante todo o ano, discutiu-se a ausência de um centroavante. Marcos Leonardo, do Santos, é mais adaptado à função do que Rony, embora o palmeirense já se defina como homem de área. Pela primeira vez, Endrick foi para o banco.

Pode ser o jogador diferenciado do elenco do próximo ano. Corretamente, Abel Ferreira prepara o prodígio com cuidado e sem pressa. Hoje, não é a falta de centroavante o que dificulta. Às vezes, o excesso de compromissos.

O Palmeiras nem é mais o time do país com mais jogos no ano. O São Paulo está na final da Sul-Americana e tem duas partidas a mais nas costas. Mas o planejamento foi para crescer na hora certa e o bicampeão da Libertadores se programou para subir fisicamente antes.

Por tudo isto, o time depende de Scarpa. Não só no ataque. Repare como o posicionamento dos meias muda de acordo com o lateral rival. Se a expectativa é que Felipe Jonatan leve mais perigo do que Madson, então Dudu joga do lado de Mádson e Scarpa marca Felipe Jonatan. Isso muda quando o jogo fica difícil. Então, Scarpa vem para o centro ou inverte o lado com Dudu, para confundir a marcação. O Palmeiras já teve repertório mais amplo, quando estava mais descansado e antes da lesão de Raphael Veiga.

Scarpa começou pela direita. No 2º tempo, a primeira jogada de perigo foi com Dudu atacando Felipe Jonatan e Scarpa finalizando do lado oposto. Tudo o que o Santos desejava era o contra-ataque e os dribles de Soteldo.

Aos 27 do 2º tempo, já depois da expulsão de Danilo, Soteldo driblou três jogadores e cruzou pelo alto. No minuto seguinte, recebeu de Ângelo e chutou raspando a trave.

Então veio o escanteio cobrado por Gabriel Menino, porque Scarpa já havia sido substituído. A crítica a Abel Ferreira seria certeira se o time não vencesse, por tirar o craque do time. E por que colocar Merentiel? Isto é mais óbvio. Abel escala quem treina bem. Foram os casos de Breno Lopes e Deyverson, nas finais da Libertadores. O gol de Merentiel pode ser um dos gols do título.

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