Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Com previsão de área maior, importações de insumos aceleram

Indústrias elevaram em 25% as importações de agroquímicos e em 19% as de adubos

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Após um aumento de área de 2,8 milhões de hectares plantados na safra 2020/21, em relação à anterior, as indústrias de insumos se preparam para novos aumentos em 2021/22.

Esses dados de plantio se referem apenas a soja e milho, e as previsões de mercado já indicam que a semeadura de soja poderá ficar próxima de 40 milhões de hectares no período 2021/22. A de milho superará 20 milhões.

Com números tão expressivos, garantidos por uma boa renda do produtor, devido aos preços recordes dos grãos, as indústrias elevam as importações.

De janeiro a abril deste ano, as compras externas de insumos agroquímicos (inseticida, fungicida, herbicida e outros) somaram 104 mil toneladas, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O volume supera em 25% o de igual período do ano anterior.


O mesmo ocorre no setor de fertilizantes. As indústrias já importaram 10,5 milhões de toneladas do produto neste ano, 24% mais do que em igual período anterior.

As compras externas no setor de implementos agrícolas também crescem. Dados da Secex indicam que as aquisições de máquinas agrícolas, no mês passado, superaram em 13% as de igual período de 2020. Já a compra de tratores no mercado internacional teve evolução de 52% no período, em valores.

Além das importações de insumo, a agropecuária aumenta também as compras de alimentos que, neste ano, já somam US$ 1,62 bilhão, 12% mais do que em 2020.

Além das tradicionais compras de trigo, o agronegócio elevou também as importações de soja, de milho e de carne bovina no ano. Neste último caso, o país exportou a tonelada por US$ 4.766, em média, e importou por US$ 5.604.


Esqueceu O presidente Jair Bolsonaro, em uma live, ao elogiar a matriz energética brasileira, em comparação à de outros países, referiu-se à mistura de 13% de biodiesel ao diesel. O presidente se esqueceu de que o próprio governo mandou reduzir essa taxa para 10% recentemente.

Milho 1 O rendimento do cereal deverá ser 4.904 quilos por hectare nesta safra 2020/21 no estado do Paraná. É um volume bem inferior aos 5.929 do período 2018/19, segundo o Deral (Departamento de Economia Rural).

Milho 2 O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) também reduziu a estimativa de produtividade do cereal em Mato Grosso. Agora, a previsão é de média de 101,42 sacas por hectare (6.085 quilos), abaixo das 102,51 previstas anteriormente.

Milho 3 Além de ter feito o plantio fora do período ideal, não há estimativa de chuvas para várias regiões produtoras do estado. Com isso, a produção estimada caiu para 34,6 milhões de toneladas.

Exportações O milho brasileiro perde competitividade no mercado externo, devido aos elevados preços, e a StoneX cortou a previsão de exportação. A empresa agora estima vendas externas de apenas 29 milhões de toneladas, bem abaixo das 35 milhões previstas anteriormente.

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