Painel das Letras

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Conheça livros que vão sair no Brasil em 2023, de Ferrante e Ernaux a apostas

No ano que vem, editoras publicam novidades de autores queridinhos e trazem obras elogiadas lá fora

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Suas leituras deste ano ainda nem estão terminadas e a pilha de lançamentos não lidos segue perigosamente alta, mas o mercado editorial não para e está preparando muita coisa de primeira qualidade para o ano que vem.

pessoas lendo em biblioteca
Pessoas leem em biblioteca chinesa em abril deste ano, no Dia Mundial do Livro - Zhang Xiaoliang/Xinhua

Para começar, alguns romances premiados enfim vão dar as caras por aqui, como o último vencedor do Booker, "The Seven Moons of Maali Almeida", que será publicado pela Record.

Já a Fósforo traz "A Memória Mais Recôndita dos Homens", com que o senegalês Mohamed Mbougar Sarr quebrou barreiras ao vencer o Goncourt vindo de um país subsaariano. E a Biblioteca Azul lança o romance "Dor Fantasma", com que o brasileiro Rafael Gallo acaba de vencer o prêmio José Saramago.

A Globo, dona do selo Biblioteca Azul, também traz o novo de Valter Hugo Mãe, português queridinho dos brasileiros, e a Intrínseca tem já em janeiro ensaios de outra favorita, a italiana Elena Ferrante. A mesma casa aposta em novidades frescas de Celeste Ng, "Os Corações Perdidos", e do espanhol Fernando Aramburu, "Quando os Pássaros Voltarem".

A HarperCollins começa um resgate de peso de autores esquecidos de suspense com a coleção "Clube do Crime" e traz o próximo de um dos principais nomes da literatura hoje, Colson Whitehead.

Outro grande autor em atividade, Jonathan Franzen, enfim lança seu novo "Encruzilhadas" pela Companhia das Letras, que também investe já no primeiro semestre em obras de Paulina Chiziane, a primeira Camões africana, e Patti Smith, com seu "Livro dos Dias".

Também no viés confessional, a Companhia reúne os diários completos de Lúcio Cardoso, além de adicionar Angela Davis e Abdias do Nascimento a seu catálogo, este último na Zahar.

Enquanto a Autêntica se firma como a nova casa de Deborah Levy, publicando a trilogia autobiográfica da escritora sul-africana, a Todavia se torna a de Édouard Louis, com o livro no qual o jovem francês discute a figura de seu pai —não estranhe caso se lembre de Annie Ernaux, uma influência declarada do autor.

A Nobel de Literatura, aliás, terá outro de seus grandes livros editados pela Fósforo, "Paixão Simples", sobre o tempo em que teve um caso adúltero com um homem do Leste Europeu. E a Carambaia vai ampliar o catálogo de dois outros prêmios Nobel, Heinrich Böll e Patrick Modiano.

Machado de Assis e Antonio Candido encontrarão morada para suas obras completas na Todavia a partir do próximo ano. E a editora aposta em nomes ascendentes como a americana Jenny Offill, com "Departamento de Especulação", e a dinamarquesa Olga Ravn, com "Os Empregados", além de novas publicações de Claudia Rankine, Ottessa Moshfegh e Han Kang.

No campo da não ficção, a 34 dobra a aposta no sucesso de Nastassja Martin, com seu mais recente "À l’Est des Rêves", ou a leste dos sonhos, e a Ubu apresenta ao país as ideias arrojadas de Christina Sharpe e Catherine Malabou.

O ano traz ainda os novos livros de brasileiros como Itamar Vieira Junior, Martha Batalha, Tati Bernardi, João Silvério Trevisan e José Falero.

Leitura boa, certamente, não há de faltar. Até 2023.

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