Descrição de chapéu Interior de São Paulo

Conheça três restaurantes bucólicos perto de São Paulo para almoço bate e volta

Rodeadas de verde, casas combinam refeições demoradas e momentos de sossego

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São Paulo

Não é preciso ir muito longe para fazer uma pausa da correria paulistana e almoçar no campo. Os três restaurantes a seguir ficam a no máximo duas horas da capital, e atraem com ambientes que são um verdadeiro respiro para quem quer comer bem, mas está cansado de tanto asfalto.

Quinta da Canta

A 25 km do centro de São Paulo.

Ambiente da Quinta da Canta, na Serra da Cantareira - Divulgação

Depois de vencer as curvas da Serra da Cantareira, os visitantes têm a impressão de ter chegado à casa de amigos. São recebidos calorosamente pelo casal de proprietários, Teresa e Sergio Lima, que tem como princípio oferecer refeições sem pressa —este ano, o lugar completou 20 anos.

"Aqui não há rotação de mesa. Ao fazer a reserva, o cliente se torna dono dela, das 13h às 18h. Pode chegar e ir embora quando quiser dentro desse período", avisa Teresa.

Eles só abrem a chácara nos fins de semana e feriados, e não recebem mais de 30 pessoas para o almoço. As mesas, distribuídas por diferentes ambientes, fornecem vista privilegiada da mata e acolhem com temperaturas sempre mais baixas do que as da capital.

Há dois menus fechados à escolha. O Experimentos, mais completo, começa com caldinho de boas-vindas e inclui couvert, duas entradas, salada da horta, dois pratos principais, sobremesa e café ou chá (R$ 298 por pessoa).

No Quinta da Canta, cliente pode optar entre dois menus - Divulgação

Nesta estação, estão em cartaz o creme de bacalhau com broa portuguesa ralada e azeite de ervas, e o picadinho de carne com linguiça cozido nas cervejas clara e escura, acompanhado de arroz biro-biro.

Quem opta pelo menu reduzido, o Aconchego, paga R$ 228 por pessoa e escolhe só uma entrada e um prato principal, mas tem direito às outras etapas.

Às sextas, os Lima passaram a abrir a casa nos fins de tarde. "O Sergio não gosta de usar nomes estrangeiros, por isso é nossa Hora Feliz", Teresa explica. A partir das 17h, eles servem petiscos à la carte, mas o movimento se encerra pontualmente às 20h.

"Respeitamos os vizinhos e os animais da mata, que gostam de silêncio", pontua a proprietária.

Al. Bélgica, 325, zona rural de Mairiporã. Sex., das 17h às 20h. Sáb., dom. e feriados, das 13h às 18h, somente com reservas. A casa estará fechada a partir do dia 24 de dezembro e reabre em 7 de janeiro.


Origem 75

A 77 km do centro de São Paulo.

Inaugurada em setembro de 2020, em plena pandemia, a casa tem entre os sócios Rodrigo Rivellino, filho do jogador de futebol Roberto Rivellino. A cozinha gira em torno da horta orgânica que a família mantém na mesma cidade.

Linguicinha do Origem 75 - Divulgação

"Minha proposta é fazer as pessoas descobrirem o mundo vegetal. Para quem já gosta, nosso bufê é uma Disneylândia", diz Rivellino. Ele se refere à bancada que enfileira saladas substanciosas nos almoços de segunda a sexta (R$ 59 por pessoa) —por R$ 78, há opção de agregar a proteína do dia, que pode ser carne bovina, suína ou peixe.

Ao menu regular, que tem assinatura da chef consultora Rê Cruz, não faltam opções substanciosas para quem prefere estacionar no reino vegetal. É o caso da salada quinoa real (R$ 36), servida com mix de folhas, flores comestíveis, molho de mostarda e castanhas.

Mas a casa não é natureba e também oferece ótimas friturinhas típicas de boteco no rol das entradas, além de carnes e peixes preparados na grelha. A linguicinha artesanal com farofa e vinagrete (R$ 58) pode abrir o apetite para um suculento tomahawk com 700 gramas, assado na parrilla (R$ 286).

Nos fins de semana, os chamarizes são a paleta de leitão à pururuca (R$ 359, para dois) e a costela assada na lenha por 12 horas, com farofa (R$ 364, para dois).

Não falta espaço para a clientela se espalhar. São 300 lugares, boa parte deles ao ar livre, rodeados por uma vasta área verde, com direito a horta, lago e jabuticabeiras. Um bar/ilha conecta o salão principal ao deque, onde a cozinha aberta permite acompanhar o vaivém da brigada, sob o comando da chef Mariela Monticelli.

Av. Aparecida Tellau Serafim, 1.800, Loteamento Banespa, Vinhedo. Seg. e ter., aberto apenas no almoço. Qua. a dom. e feriados, aberto no almoço e jantar. A casa estará fechada nos dias 24, 25 e 31 de dezembro, e 1º de janeiro.


Capril do Bosque

A 121 km do centro de São Paulo.

Apreciadores de queijos autorais são atraídos pelo programa duplo: compras no empório de fábrica, onde estão à venda os queijos produzidos por Heloísa Collins, uma das mais premiadas do país, e almoço no restaurante comandado pela filha dela, Ju Raposo.

Massa servida no Capril do Bosque, nos arredores da capital paulista - Divulgação

Crianças podem se divertir no parquinho e são convidadas a interagir com as cabras.

Vizinho do capril, o bistrô tem uma gostosa varanda, onde as proprietárias recepcionam os visitantes com a degustação de três dos mais famosos queijos da casa: Chou Chou, Pirâmide do Bosque e Dolce Bosco.

Com uma taça de vinho branco ou rosé, chutney de cebola-roxa e pão italiano, o pedido sai a R$ 120 por pessoa.

Para quem ainda tiver apetite, há dois menus de três etapas, compostos de pratos que também levam queijos de cabra como ingredientes.

Escolhe-se entre carpaccio de abobrinha com queijo caprino romano e ragu de cordeiro com purê de batata e mandioquinha (R$ 199), e a salada paris com queijo rolinho e confit de peras, peixada à baiana com arroz de coco e farofa de dendê e gratin de cogumelos da Mantiqueira (R$ 189) —a sobremesa é sempre sorvete de amoras com vinho tinto.

Estrada da Terra Preta, km 3, Joanópolis. Sáb., dom. e feriados, das 12 às 17h, só com reserva. A casa estará fechada nos dias 24 e 25 de dezembro. Entre 28 e 30 de dezembro, o bistrô abre das 12h às 17h exclusivamente para degustação de queijos e bar. Fecha novamente no dia 31 de dezembro e reabre em 7 de janeiro.

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