Seis corpos são deixados em delegacia do Rio; mortos em operação somam 19
Depois de corrigir o número de mortos da megaoperação no complexo do Alemão (zona norte do Rio), reduzindo de 18 para 13 os mortos na ação, outros 6 corpos foram levados em uma van à delegacia da Penha, no final da noite de ontem.
O dono de uma lotação, que deixou os corpos na delegacia, informou à polícia que foi parado por um grupo quando descia o complexo do Alemão; seis corpos foram então colocados em seu carro. O motorista não soube dizer se o grupo era formado por moradores ou traficantes. O número de mortos na megaoperação chega agora a 19.
Balanço
Durante entrevista concedida às 20h de ontem, o secretário da Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou que 18 pessoas haviam morrido. Durante a realização de um balanço sobre a ação, porém, chegou-se ao número de 13 mortos.
De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, no decorrer da ação as informações são enviadas simultaneamente ao comando da operação de diversas fontes espalhadas no complexo. No entanto, quando foram contabilizadas as mortes, concluiu-se que algumas foram informadas em duplicidade.
Além das mortes, foram apreendidos cinco fuzis, 60 bananas de dinamite com detonadores, cinco pistolas, duas metralhadoras antiaéreas, cerca de 2.000 balas, 30 kg de cocaína, 115 kg de maconha, lança-perfume e uma balança de precisão. Quatro homens --entre eles um adolescente-- foram detidos.
A megaoperação foi organizada em dois meses, com reuniões diárias. Participam 1.200 policiais militares e civis do Estado e 150 integrantes da FNS (Força Nacional de Segurança). A justificativa para a operação foi o cumprimento de mandados de prisão na região do complexo do Alemão, além da apreensão de drogas e armas.
Ocupação
O conjunto de favelas do Alemão está ocupado pela polícia desde o dia 2 de maio. Na ocasião, a ação tinha como objetivo capturar os responsáveis pela morte dos soldados Marco Antônio Ribeiro Vieira e Marcos André Lopes da Silva, do 9º Batalhão (Rocha Miranda), assassinados com mais de 30 tiros no dia 1º de maio.
Desde o início dos trabalhos, os tiroteios são freqüentes. Desde maio já morreram 25 pessoas, sem contar com os números de hoje. A violência na região também deixou cerca de 5.000 crianças sem aulas.
Com Folha de S.Paulo
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