Em mais uma etapa marcada por protestos antirracistas, o piloto inglês Lewis Hamilton, da equipe Mercedes, venceu neste domingo (12) o GP da Estíria, na Áustria. O finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes, e o holandês Max Verstappen, da Red Bull, completaram o pódio.
Na cerimônia de premiação, Hamilton deu continuidade aos protestos e ergueu o punho direito, gesto marcado pelo movimento Panteras Negras.
Enquanto o inglês dominou a prova do começo ao fim, Verstappen e Bottas protagonizaram uma disputa emocionante nas últimas voltas do circuito de Spielberg. No fim, Bottas levou a melhor para garantir a dobradinha da Mercedes.
O também britânico Lando Norris, 20, da McLaren, teve grande desempenho na reta final da corrida e ultrapassou os dois pilotos da Racing Point para conquistar a quinta posição. Ele havia sido o terceiro colocado no GP de estreia, domingo passado, no mesmo autódromo.
Hamilton, que aos 35 anos persegue o seu sétimo título, fora punido na primeira prova e festejou a conquista neste domingo com alívio. "Sou muito grato por voltar a vencer, parece que faz muito tempo", afirmou o inglês da Marcedes. Agora, ele está a seis triunfos de igualar os 91 do alemão Michael Schumacher, detentor desse recorde.
O GP também foi marcado por uma batida entre os dois pilotos da Ferrari, Sebastian Vettel e Charles Leclerc, que abandonaram a segunda corrida da temporada logo na sua segunda curva.
A roda traseira de Leclerc colidiu com a asa traseira do seu companheiro de equipe, que levou a pior e abandonou a prova. O monegasco tentou continuar, mas também teve de desistir na sequência.
O clima ruim foi abafado pelas declarações dos dois pilotos, principalmente com o monegasco pedindo desculpas. “A culpa foi minha, sou o único culpado, Seb não teve culpa. Fico chateado porque a equipe trabalhou bastante e eu joguei todo esse esforço no lixo. Pedi desculpas para ele [Vettel]”, afirmou Leclerc em entrevista à Globo.
Com o segundo lugar no GP da Estíria, Bottas mantém a liderança do campeonato, com 43 pontos. Hamilton, segundo colocado, soma 37, e Norris, em terceiro, tem 26.
Depois das duas corridas iniciais na Áustria, o circuito de Hungaroring, na Hungria, receberá a etapa no domingo (19). Por conta da pandemia de Covid-19, a temporada tem garantidas, além de Áustria e Hungria, provas apenas na Inglaterra e na Itália (ambas com dois GPs), Espanha, Bélgica e Rússia. O Brasil, por enquanto, não está confirmado no calendário da F-1 deste ano.
Assim como no GP de estreia, houve novo protesto antirracista neste domingo. Dos 16 pilotos que foram mostrados no grid, quatro ficaram em pé: o holandês Max Verstappen, da Red Bull, o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo, e o russo Daniil Kvyat, da AlphaTauri.
O gesto tem se repetido em várias manifestações pelo mundo desencadeadas após a morte do americano George Floyd, um homem negro que morreu após um policial branco se ajoelhar sobre o seu pescoço, em Minneapolis, nos EUA, no dia 25 de maio.
Todos os pilotos usavam camisetas pretas com a inscrição “End Racism”, com exceção de Lewis Hamilton, que vestiu uma camiseta preta com o texto “Black Lives Matter”.
Na primeira prova da temporada, que começou somente no último domingo diante da pandemia de Covid-19, seis pilotos não haviam se ajoelhado, o que gerou descontentamento por parte de Lewis Hamilton, que lidera os protestos na F-1.
Naquela ocasião, Verstappen, Leclerc, Raikkonen e Kvyat também não se ajoelharam, assim como o italiano Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) e o espanhol Carlos Sainz (McLaren).
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