Casemiro afirma que posição da seleção sobre a Copa América é unânime

Capitão confirma que grupo irá falar sobre o tema após jogo contra o Paraguai

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São Paulo

Casemiro foi o primeiro jogador da seleção brasileira a se manifestar publicamente sobre a Copa América no Brasil. Nesta sexta-feira (4), após a vitória sobre o Equador por 2 a 0, pelas Eliminatórias, ele afirmou que a posição do elenco e comissão técnica sobre o evento é unânime e de conhecimento público, deixando subentendido que o grupo é contrário à realização do torneio.

"Não podemos falar do assunto. Todo mundo já sabe do nosso posicionamento. Mais claro impossível. O Tite deixou claro para todo mundo o que nós pensamos da Copa América. Existe respeito e hierarquias que respeitamos. Claro que queremos dar a nossa opinião, rolou muitas coisas", contou o jogador, em entrevista à TV Globo, ainda no gramado do Beira-Rio.

De acordo com o volante, o grupo pretende tornar pública a posição sobre o torneio na próxima terça-feira (8), depois da partida contra o Paraguai, em Assunção, também pelas Eliminatórias.

Jogadores comemoram gol contra o Equador pelas Eliminatórias
Jogadores comemoram gol contra o Equador pelas Eliminatórias - Diego Vara/Reuters

"Não queremos desviar o foco. A Copa do Mundo é isso [jogo com o Equador]. Hoje nós ganhamos um jogo de Copa do Mundo. É importante para nós. Mas queremos expressar a nossa opinião. Se é certa ou não, cada um vai determinar o que é."

Casemiro confirmou, ainda, a reunião revelada pelo técnico Tite na quinta-feira (3), na qual os jogadores questionaram o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre a transferência da Copa América da Argentina para o Brasil.

"O Tite explicou qual foi a situação. O que ele falou, eu como capitão e líder dos jogadores, confirmo que foi isso mesmo. Nós nos posicionamos. Mas nós falaremos num momento oportuno", disse. "E não sou eu, não são os jogadores da Europa, quando fala alguém, é o grupo, todos os jogadores, o Tite e a comissão técnica. Tem de ser unânime", finalizou.

O clima na reunião com o mandatário da CBF não foi nada amistoso. A Folha ouviu que a maneira de conversar de Caboclo, que tratou os atletas como se fossem subordinados da instituição, causou irritação no grupo.

Os jogadores se queixam da realização do torneio no Brasil durante a pandemia. Também por não ter havido diálogo com o elenco sobre a mudança. O peso da última temporada, exaustiva em relação ao calendário apertado de jogos, é um dos pontos reclamados. Os atletas acham um absurdo uma competição do tamanho da Copa América a um ano da Copa do Mundo.

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