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Paris promove Olimpíada Cultural, com várias exposições esportivas

Muitas das mostras são a céu aberto, como a que acontece no Jardim de Tuileries

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Paris

Com alguns dos museus mais visitados do mundo, poucas cidades oferecem o repertório cultural de Paris. E os Jogos Olímpicos celebrados na cidade viraram tema de muitas exposições.

E, melhor, para visitá-las, não é preciso enfrentar nenhuma maratona olímpica no Louvre, no Museu d’Orsay ou no Pompidou.

Parte de uma Olimpíada Cultural, muitas das mostras são a céu aberto, como a que acontece no Jardim de Tuileries, que traz fotos ampliadas em preto e branco de momentos dos Jogos de 1924, realizados em Paris, incluindo imagens do Uruguai, que se transformou na celeste olímpica, e do nadador Johnny Weissmuller, que ficou mais famoso como Tarzan em Hollywood.

A imagem mostra uma exposição ao ar livre em um parque, com painéis informativos dispostos em fileiras ao longo de um caminho de terra. Os painéis são de cor preta e apresentam fotografias e textos, com árvores verdes ao redor. O céu está parcialmente nublado, com algumas áreas de azul visíveis.
Jardim de Tuileries traz fotos ampliadas em preto e branco de momentos dos Jogos de 1924 - Sandro Macedo/Folhapress

Muitos prédios públicos e até parques estão ilustrados com imagens de Jogos do passado. Nas gares, as grandes estações de trem e metrô, há quadros com referências a esportes paralímpicos.

O Panthéon também dedicou uma pequena área para mostrar a evolução da Paralimpíada, "Histórias Paralímpicas, da Integração Esportiva à Inclusão Social", em cartaz até o final de setembro.

No coração do Marais, o Memorial Shoah, habitualmente dedicado ao resgate da memória judaica, apresenta "Os Jogos Olímpicos - Espelho das Sociedades", com fotos, objetos, reportagens de épocas e vídeos que mostram um lado mais político e tenso do evento.

Uma área é dedicada aos Jogos de 1936, em Berlim, competição usada por Adolf Hitler para promover a supremacia ariana. Logo, quem tem grande destaque é Jesse Owens, o americano negro que ganhou quatro medalhas de ouro na cara de Hitler. Um grande painel dedicado ao velocista traz até a camisa que ele usava quando defendia a Universidade de Ohio.

Já o Palais Galliera, especializado no universo fashion, exibe até a virada do ano "A Moda em Movimento #2", com cerca de 250 peças que ajudam a entender o lugar da roupa na prática de atividades físicas e esportivas desde o século 19, com destaque especial para as vestimentas femininas.

Alguns vídeos registram os modelitos usados pelas mulheres nos Jogos de Paris de 1924, todo branco e com longas saias abaixo dos joelhos. Uma parte da exposição é dedicada à evolução da roupa de banho, com peças raras.

Há também a boa sacada do Petit Palais, que colocou atletas da própria delegação francesa para comentar quadros, vasos e outras obras de seu acervo. A velejadora Charline Picon, por exemplo, fala sobre os vasos do escultor Émile Bracquemond, feitos para celebrar os Jogos de 1924.

Lá também está a plástica "Corpos em Movimento", com o coreógrafo Mathieu Forget, filho do tenista Guy Forget, praticando esportes olímpicos como uma dança, dentro de museus e espaços clássicos.

O resultado pode ser visto também às margens do Canal Saint-Martin. Melhor ainda que as fotos estáticas são os bastidores, com os vídeos no site do próprio Forget.

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