EVALDO CABRAL DE MELLO

 

D. João 6º no Brasil , de Oliveira Lima (Ed. Topbooks).

O Movimento da Independência , de Oliveira Lima (Ed. Topbooks) - Capistrano reputava o "D. João 6º no Brasil" um livro desorganizado, mas não se pode negar que ele oferece um panorama vigoroso do período juanino, que ainda não foi superado na nossa historiografia. "O Movimento da Independência" lhe é inferior, mas Octavio Tarquínio o considerava a obra mais satisfatória sobre o processo emancipacionista, e pode-se afirmar que continua a sê-lo.

Um Estadista do Império , de Joaquim Nabuco (Ed. Topbooks) - Dispensável reiterar o óbvio, isto é, a importância desta obra para a história do Segundo Reinado.

Sobrados e Mucambos , de Gilberto Freyre (Ed. Record) - É o livro em que melhor se manifestou o ovo de Colombo gilbertiano, vale dizer, a aplicação dos métodos sincrônicos da antropologia cultural, originalmente formulados para a compreensão das sociedades primitivas, a uma sociedade de tipo histórico e, portanto, até então convencionalmente estudada através dos métodos diacrônicos próprios da historiografia.

Do Império à República , de Sérgio Buarque de Holanda (Ed. Bertrand Brasil) - Juntamente com "Um Estadista do Império", a que nada fica a dever, constitui a leitura realmente indispensável para entender o declínio do Segundo Reinado. O fato de ser parte da obra coletiva permitiu ao autor optar por uma análise exclusivamente política, que descreve de dentro o funcionamento das instituições imperiais, em vez de examinar a crise das instituições monárquicas mediante o estudo exógeno do sistema escravocrata ou dos seus valores ideológicos.

História dos Fundadores do Império do Brasil , de Octavio Tarquínio de Souza (Ed. Itatiaia) - A bibliografia recente sobre o processo da Independência e o período regencial é singularmente pobre. As biografias de Octavio Tarquínio ainda oferecem a melhor visão de conjunto, a despeito das limitações do gênero biográfico e das restrições ideológicas decorrentes da interpretação saquarema da história da fundação do Império, de que o autor não se desprendeu. Um dos raros, coisa estranha, historiadores brasileiros a dominar a técnica narrativa.

Os Donos do Poder , de Raymundo Faoro (Ed. Globo) - Sua análise é particularmente feliz no tocante ao período monárquico, razão pela qual não poderia deixar de ser incluído nesta lista, embora a utilização do conceito de estamento patrimonial paire muitas vezes numa região nebulosa.

A Construção da Ordem , de José Murilo de Carvalho (Ed. Relume Dumará) - É uma análise detalhada e profunda da composição dos grupos dirigentes, em particular a magistratura, que criaram o Estado nacional e o consolidaram ao longo do Primeiro Reinado, da Regência e dos primeiros anos do Segundo Reinado.

Bahia, Século 19 , de Katia de Queiroz Mattoso (Ed. Nova Fronteira) - É um estudo modelar de uma sociedade provincial do período monárquico, com base numa exploração hábil e exaustiva das fontes baianas. É de lamentar que o modelo que a obra propõe ainda não tenha sido seguido por outros historiadores especializados em história provincial.

A Abolição do Tráfico de Escravos Brasileiro , de Leslie Bethell (Ed. Expressão e Cultura/Edusp) - É o que há de melhor sobre o processo de tomada de decisões políticas no tempo do Império, inclusive no tocante aos seus condicionamentos internacionais.

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