Algumas horas antes de subir ao palco do Prêmio Empreendedor Social 2022, na última segunda-feira (19), os finalistas do concurso tiveram a oportunidade de conhecer todos aqueles que disputavam o troféu em um almoço no Brace Bar & Giglia, um dos espaços gourmet do Eataly, em São Paulo.
O maior centro de gastronomia italiana na América Latina é um dos 35 parceiros da premiação correalizada pela Folha e pela Fundação Schwab no Brasil desde 2005.
Também participaram do encontro atores do ecossistema de impacto social e apoiadores do prêmio, como Paulo Boneff (Gerdau), Carlos Pignatari Filho (Ambev), Rafael Lucchesi (Senai) Rodrigo Brito (Coca-Cola), Luciana Temer (Instituto Liberta), Luis Fernando Guggenberger (Vedacit), Andrea Margit (Ashoka), Priscila Martins (Artemisia), Laís de Figueiredo (SBSA Advogados), Guilherme Coelho (Samambaia Filantropias) e Thiago Alvim (Prosas).
Pavitra Raja representou a Schwab, como líder de engajamento na Europa e nas Américas da fundação e também no Fórum Econômico Mundial. A Folha estava representada no almoço por Sérgio Dávila, diretor de Redação, e pelos dois superintendentes do Grupo Folha, Judith Brito e Carlos Ponce de Leon.
A representante da Fundação Schwab destacou a oportunidade de conversar com os finalistas brasileiros e ouvir deles "histórias maravilhosas". "A premiação no Brasil é modelo para Schwab e deveria ser para todo mundo, pela qualidade da seleção e as soluções inovadoras", disse Pavitra.
Cerca de 40 pessoas participaram do evento que antecedeu a cerimônia de premiação. João Jaeger, gerente de marketing do Eataly São Paulo, e Eliane Trindade, editora do Prêmio Empreendedor Social, deram as boas-vindas aos convidados.
Antes de degustar os pães rústicos, caponata siciliana e salada caprese de entrada, as lideranças foram convidadas a descrever brevemente suas iniciativas.
Quem iniciou a série foi Priscila Cruz, advogada que fundou o Todos Pela Educação. E o fechamento ficou a cargo de Tuany Nascimento, bailarina que ensina sua arte a crianças e jovens no Complexo do Alemão (RJ).
"Reenergiza ouvir essas histórias de vida e ver como a transformação pode vir de contextos e jornadas muito diferentes", disse Rodrigo Brito, gerente de sustentabilidade para o Brasil e o Cone Sul na Coca-Cola.
"Ver o Brasil de fato retratado nos empreendedores sociais e nas diferentes causas é uma alegria. É importante celebrar essa diversidade e a beleza da inovação em nosso país", afirmou Luís Fernando Guggenberger, executivo de marketing, inovação e sustentabilidade da Vedacit.
As falas entraram em pausa para o prato principal: risoto cacio e pepe e polpette di maiale.
"Estive aqui no Eataly no final de semana como chef e agora como homem de negócios", disse Edson Leite, fundador da Gastronomia Periférica, negócio social que forma cozinheiros nas quebradas.
Ao seu lado, outro homem de negócios —este do turismo antirracista— se regozijava com a oportunidade de se conectar com outras lideranças.
"É uma coisa tão especial isso que a gente passa a torcer pelos outros empreendedores. E agora queremos trabalhar com todos eles", afirmou Carlos Humberto, CEO da Diaspora.Black.
Leonardo Gomes, diretor da SOS Pantanal, ONG que se uniu à Documenta Pantanal para equipar brigadas de combate ao fogo no bioma, estava na mesma mesa que companheiros de ativismo ambiental.
"Essa é uma oportunidade de selar novos encontros e está sendo um presente para gente que veio de longe", afirmou ele, que se sentou junto de Mônica Guimarães (Documenta Pantanal), Mariano Cemano (Idesam) e Tasso Azevedo (Mapbiomas), na mesa que reuniu os finalistas na categoria Inovação em Meio Ambiente.
Antes de optar por canolli ou tiramissú de sobremesa, alguns dos parceiros também tiveram a oportunidade de compartilhar suas estratégias ESG com os convidados.
Rafael Lucchesi, diretor-geral do Sesi, afirmou que o Brasil precisa integrar áreas de conhecimento como a do desenvolvimento econômico e da educação.
"Se pegarmos os dez maiores especialistas e estudiosos que trabalham com desenvolvimento econômico, eles não conhecem a fundo a educação e os desafios da educação. E, se pegarmos os dez maiores nomes da educação, eles não conhecem a fundo como fazer o desenvolvimento econômico", avaliou.
"O país vai avançar quando a gente resolver isso, porque precisamos muito de educação e desenvolvimento econômico."
De acordo com ele, as soluções apresentadas pelos finalistas podem contribuir para isso.
"Sem abraçar o empreendedorismo, sem desenvolvimento industrial, não haverá Brasil amanhã", disse Lucchesi, que foi um dos destaques da edição especial do Empreendedor Social 2020 em Resposta à Covid-19, com o projeto +Manutenção de Respiradores.
Em ano eleitoral, Guilherme Coelho, diretor da Samambaia Filantropias, um dos integrantes do júri 2022, fez um pedido a todos. "Estamos em um momento de refundação do Estado brasileiro, colem nos governos para transformá-los em algo mais efetivo e competente."
Já Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta, agradeceu à parceria com a Folha na campanha #AgoraVcSabe, que deu visibilidade ao problema da violência sexual no país como uma das Causas do Ano na plataforma Folha Social+.
Segundo ela, as 35 reportagens publicadas e a pesquisa nacional do Datafolha mostraram o quão grave é a questão que afeta 1 a cada 3 brasileiros.
"A repercussão foi tão grande que a campanha chegou até o papa Francisco. Foi importante mostrar que não é um problema só da mulher, do menino ou da menina, é de todo mundo."
A poucas horas da cerimônia da 18ª edição do Prêmio Empreendedor Social, que aconteceria naquela noite no Teatro Porto Seguro, o almoço deixou a sensação de que, mais do que uma competição, eles encarariam uma missão conjunta: a de impulsionar o Brasil socialmente.
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