Descrição de chapéu Fórum Econômico Mundial

MapBiomas é finalista em prêmio que reconhece ações colaborativas no mundo

Oito iniciativas são selecionadas pela Fundação Schwab para concorrer em nova categoria de inovadores sociais a serem anunciados no Fórum Econômico Mundial, em Davos

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São Paulo

O trabalho colaborativo de organizações sociais ao redor do mundo passa a ser reconhecido pela Fundação Schwab, uma das entidades-irmãs do Fórum Econômico Mundial, em uma nova categoria de premiação que estreia na próxima reunião anual em Davos, na Suíça.

O Prêmio de Inovação Social Coletiva, que vai destacar o poder da ação colaborativa de cinco iniciativas em torno de desafios sociais globais, anunciou na sexta-feira (11) os oito finalistas desta primeira edição.

Entre as iniciativas está o MapBiomas, rede colaborativa de mais de 70 organizações em 14 países que monitora o uso da terra para promover a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais e combater as mudanças climáticas.

Tasso Azevedo, coordenador geral do MapBiomas, rede que monitora o uso do fogo, da água e do solo no Brasil - Renato Stockler/Folhapress

A iniciativa inclui universidades, ONGs e startups que utilizam tecnologia de ponta, ferramentas compartilhadas e códigos abertos para fornecer dados acessíveis e gratuitos. No Brasil, produz mapas e dados que ajudam tomadores de decisão a combater o desmatamento e o fogo, proteger terras indígenas e unidades de conservação.

A plataforma liderada por Tasso Azevedo, um dos finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2022, correalizado por Folha e Schwab no Brasil, concorre com outras sete iniciativas.

Entre as pré-selecionadas está a Cuencas Sagradas, do Peru, liderada por federações indígenas amazônicas em cooperação com ONGs, empreendedores sociais e governos para proteger uma região de 35 milhões de hectares de florestas tropicais.

Dos Estados Unidos são dois finalistas: EYElliance, que promove acesso a óculos de alta qualidade em diversos países por meio de parcerias público-privadas e atua como articulador contra barreiras sistêmicas ao aumento do acesso e adoção de óculos e também a Hispanic Star, plataforma para promover hispânicos nos Estados Unidos. Para isso, oferece suporte a comunidades, age por mais representatividade no mercado de trabalho e apoia o desenvolvimento de negócios.

Também foi indicado o Project Together, da Alemanha, que apoia o desenvolvimento de ideias inovadoras e soluções concretas para desafios futuros e áreas de conflito entre sociedade, economia e política.

Da Índia, Punjab Education Collective melhora os padrões educacionais de 19 mil escolas públicas na país. Os projetos atuam em escala e envolvem pais, professores, administradores escolares, ONGs, setor privado e os próprios jovens.

Do Canadá vem a iniciativa Tamarack Institute, que entende profundamente as necessidades de comunidades vulneráveis e desenvolve estratégias colaborativas para combater a pobreza e resolver os principais problemas dessas famílias.

E fechando os indicados, Women in Informal Employment: Globalizing and Organizing - Wiego, fundada na Inglaterra, rede global dedicada a melhorar condições de trabalho, direitos, proteção e oportunidades econômicas de trabalhadores pobres, principalmente mulheres, na economia informal.

Cinco dos oito indicados nesta categoria de impacto coletivo vão ser reconhecidos entre os Inovadores Sociais do Ano, anunciados em janeiro de 2023.

Eles vão se juntar a outras dez lideranças escolhidas entre empreendedores sociais, intraempreendedores do setor público e privado, além de líderes da academia que se destacam em diferentes partes dos mundo.

Desde que a Schwab passou a agraciar inovadores sociais nesta perspectiva mais ampla, há três anos, já foram chanceladas quatro lideranças brasileiras previamente reconhecidas pelo Prêmio Empreendedor Social.

Em 2019, foi Adriana Barbosa, fundadora do Instituto Feira Preta e Preta Hub, plataforma para impulsionar potências negras; em 2020, Guilherme Brammer, criador da Boomera, greentech que une reciclagem, ciência e inclusão social.

Em 2021 foi a vez de Celso Athayde, líder da Holding Favela, conglomerado de 23 empresas que promovem negócios e empregos em comunidades. E, em 2022, Adriana Mallet, cofundadora da SAS Brasil, ONG que atua para levar acesso à saúde pública a comunidades desassistidas no país.

O novo Prêmio de Inovação Social Coletiva busca reconhecer o trabalho de organizações que se unem para enfrentar problemas complexos por meio de conhecimento, soluções inovadoras, capital humano, acesso a redes e canais de comunicação.

A premissa é de que abordagens coletivas são capazes tanto de capacitar e dar voz a comunidades marginalizadas quanto de unir organizações em torno de desafios sociais globais.

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