Sociedade
começa a ter uma "percepção solidária", afirma ambientalista
Natasha Madov
Equipe GD
Está errado quem acredita que o brasileiro não tem uma consciência
social. Esse foi o mote do painel "Lidando com as Expectativas e
Demandas da Sociedade", durante a Conferência Nacional 2000 - Empresas
e Responsabilidade Social, promovida pelo Instituto Ethos.
Para João Paulo Capobianco, coordenador do Instituto Socioambiental
(ISA), foi uma surpresa ver como a sociedade está ciente dos problemas
ambientais brasileiros, por exemplo.
Capobianco comprovou sua tese baseado em duas pesquisas de opinião
pública. A primeira, realizada pelo Ibope em fevereiro deste ano,
indicava que 92% da população concorda com o direito dos índios
de viverem em suas reservas e percentual semelhante (91%) acredita
que eles devem ter espaço para viver de acordo com suas crenças
e costumes.
Outra pesquisa, realizada pelo Vox Populi no período de votação
do novo Código Florestal brasileiro, mostrou que 88% dos entrevistados
defendem que a proteção das florestas do país deveria aumentar,
e não diminuir, como propunha o novo código.
Outro dado indicava que 88% não votariam em um parlamentar que defendesse
o aumento do desmatamento das florestas brasileiras. "Isso indica
uma percepção solidária dos problemas sociais e ambientais brasileiros,"
afirmou Capobianco.
Marilena Lazzarini, coordenadora do IDEC (Instituto de Defesa do
Consumidor) afirmou que essa nova consciência significa uma pressão
para aumentar as oportunidades de engajamento: "Do mesmo modo como
as empresas estão encarando o desafio da responsabilidade social,
as organizações não-governamentais têm o desafio de abrir novos
canais de participação comunitária."
Leia
mais:
- Pesquisa
- Brasileiros querem mais proteção para as florestas
- Pesquisa
ISA/Ibope - O que os brasileiros pensam dos índios?
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