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  7 de agosto
  Ciência em dia
 

A hora e a vez de rotular transgênicos
A mais importante decisão sobre transgênicos –mais ainda do que legalizar ou não seu plantio em território nacional- começa a ser tomada esta semana por uma comissão criada pelo governo federal: rotular ou não os alimentos geneticamente modificados, como salgadinhos contendo soja resistente a herbicida ou milho resistente a insetos. Também vai dar pano para manga, porque a rotulagem não é menos complexa ou polêmica do que o debate sobre a segurança alimentar e ambiental dos transgênicos.
Aparentemente, a questão é simples de resolver, com base no óbvio princípio do direito do consumidor à informação. Mas há argumentos ponderáveis contra a idéia, como seu provável custo adicional (pela necessidade de segregar circuitos inteiros de produção, da colheita ao transporte e ao processamento de grãos). Você aceitaria pagar mais para exercer esse direito, se for mesmo esse o resultado da rotulação?
Se não faz a menor idéia do que responder, é hora de se informar. O caderno especial publicado pela Folha na quinta-feira é um bom começo. Ele traz vários argumentos pró e contra os transgênicos e mostra que eles já estão entre nós, na forma da soja clandestinamente plantada no Sul do país, que chega à mesa de todos.
Para conhecer a lista de alimentos à venda no país com ingredientes geneticamente modificados, de acordo com testes feitos pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e pelo Greenpeace, vá ao site do Idec.
Outro apanhado informativo e equilibrado foi apresentado poucos dias atrás pela revista Time numa reportagem de capa sobre o chamado "arroz dourado", um cereal enriquecido com betacaroteno que virou bandeira dos pró-transgênicos, pois pode ajudar milhões de crianças que ficam cegas ou morrem por déficit de vitamina A.


Cólera domado
Mais um genoma de organismo causador de uma doença importante foi decifrado. Desta vez foi sequenciada a bactéria Vibrio cholerae, o vibrião colérico. Soletrar a coleção de genes do vibrião não tem resultado prático imediato, mas abrem-se novas avenidas para projetar –mais que descobrir- novos compostos para combater ou prevenir a doença que matou 8.423 pessoas no mundo em 1999. Leia reportagem de Isabel Gerhardt na Folha de sexta-feira.


Xylella (quase) pirateada
A Folha revelou no sábado que uma das mais aquinhoadas e influentes entidades do Projeto Genoma Humano dos EUA, o Joint Genome Institute (JGI), tentou tirar da brasileira Rede Onsa a encomenda de realizar o sequenciamento de uma bactéria que provoca a doença de Pierce nos vinhedos californianos. Trata-se da mesma Xylella fastidiosa que foi sequenciada pela centena de laboratórios da Rede Onsa e que, ao infestar laranjeiras, causa a doença do amarelinho. Leia a reportagem.


Site da semana
Os que estiverem interessados em obter informações sobre carreiras científicas, em especial no chamado Primeiro Mundo, devem dar uma espiada no site Next Wave, mantido pela revista "Science" . A revista é publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), a SBPC de lá. No caso, fazendo uma espécie de orientação profissional e vocacional globalizada e de alto nível.


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Leia colunas anteriores
17/07/2000 - O genoma verde e amarelinho
10/07/2000 -
Por um governo livre de transgênicos
03/07/2000 -
Quem tem medo do genoma?
26/06/2000 - Achada em Marte a água que escasseia na Terra
19/06/2000 - EUA já discutem efeito estufa. E o Brasil?



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