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| 29 de outubro | |
| Texto com prazo de validade, ou por que não recomendar o voto | |
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Este
texto tem prazo de validade curto. Explico: não há
como tratar hoje de qualquer outro assunto que não a eleição
municipal, mas qualquer comentário fica velho depois das
17h, quando fecham as urnas e já estará decidido
o novo prefeito em 31 cidades brasileiras. Por
isso, este texto ficará no ar até por volta das
17h30 e depois será substituído por outro, que já
vai levar em conta os resultados das pesquisas de boca-de-urna
do Datafolha. Essa é a vantagem da Internet, poder se atualizar
no decorrer do dia. Mas
mesmo este texto temporário vai tratar de eleição.
E a razão é a repercussão causada pelo artigo
da semana passada, quando comentei o desempenho dos candidatos
à Prefeitura de São Paulo no debate promovido pela
TV Bandeirantes. Os
críticos me acusaram de tratar pessoas diferentes (Marta
Suplicy e Paulo Maluf) como se fossem iguais, a mesma crítica
de Marta com relação a cobertura da mídia
em geral. Não
quero aqui me desculpar. Não acho que tenha feito algo
errado. Mas quero esclarecer que sei que os candidatos são
diferentes, têm passados e propostas diferentes. O que não
quero fazer é recomendar que as pessoas votem nesse ou
naquele candidato. O que não vou fazer é julgar
o comportamento de cada um dos candidatos especificamente em um
debate baseado em seu passado. Isso não é criticismo
independente, é torcida. Volto
a repetir. Mesmo sendo muito diferentes, Marta e Maluf foram mal
naquele debate da Bandeirantes. Os dois usaram de mentiras, de
arrogância, esconderam o que realmente pensam atrás
de histrionismos. Mas
isso não quer dizer que os dois SEJAM iguais, ou "farinha
do mesmo saco", como disse um leitor. Eles ESTAVAM parecidos,
e por isso, argumentei, seria difícil definir por um ou
outro candidato baseado apenas na performance no debate. Os
dois são sim diferentes e todos os eleitores de São
Paulo sabem quais são essas diferenças. Conhecem
o passado de cada um porque tiveram acesso a muitas informações
sobre eles, via jornais, Internet, rádio ou televisão. E
essa é a função da mídia, informar
as pessoas, não indicar em quem elas devem votar. Não
torcer para esse ou aquele candidato. A função dos
meios de comunicação é fornecer dados para
que leitores/ouvintes/telespectadores/internautas tenham condições
de tomar decisões. Já um colunista que utiliza seu
espaço para induzir o voto está é tutelando
o leitor, o que foge da função jornalística. Por
fim, espero que todos votem hoje com consciência. Que estejam
muito seguros da escolha que vão fazer. Até porque,
os últimos quatro anos em São Paulo mostraram que
não adianta apenas se arrepender do voto depois. Por mais
que a maioria da população quisesse a saída
do prefeito Celso Pitta, ele escapou dos processos de impeachment
e está muito próximo de concluir seu mandato. RAZÕES
PARA GOSTAR DE SER BRASILEIRO Acabou.
Chegou a 200 o número de razões para gostar de ser
brasileiro. Com isso, está encerrada mais essa enquete. As
razões irônicas ficaram mesmo na dianteira. São
74 ao todo, seguidas das razões patrióticas (41),
esportivas (32) e anatômicas/sexuais (16). Razões
que não se enquadram em nenhuma das categorias somam 37.
É
possível tirar alguma conclusão disso? Não,
gritam os especialistas em pesquisas, que logo irão dizer
que a amostra é viciada porque inclui apenas pessoas que
têm acesso à Internet, que algum dia leram essa coluna
e que tiveram paciência de enviar uma sugestão. OK,
a intenção não era mesmo chegar a uma tese,
mas se divertir. E isso foi possível. Hoje eu sei que o
brasileiro tem orgulho da goiaba, de tomar guaraná, de
ser compatriota da Gisele Bündchen. Fica também perceptível
o ódio aos políticos em geral e a alguns em particular.
Assim como a definição do inimigo público
número um: o juiz Lalau.
1-
Porque o brasileiro é amável com todos, por exemplo:
ama as putas e elege os seus filhos, diz Fábio de Carvalho |
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