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Domingo, 20 de agosto de 2000

O COLUNISTA RESPONDE


Rodrigo Bueno
     


‘‘Pelo amor de Deus, fale para o Luxemburgo não convocar mais o Rivaldo e o Roberto Carlos. Aqueles homens são muito ruins de bola. Eles podem complicar novamente a Olimpíada’’ Ivan Lúcio Garcia, Apucarana, Paraná


O seu pedido foi atendido. Logicamente, não tive nada a ver com isso (talvez Ele tenha). Rivaldo, Roberto Carlos e os outros jogadores com mais de 23 anos que tinham possibilidade de jogar em Sydney estão fora. Luxemburgo, seguindo exemplo de quase todas as seleções, não terá ‘‘adultos’’ na Olimpíada. Achei a decisão correta, já que valoriza os jogadores jovens e o próprio espírito olímpico (não teria graça ganhar com ‘‘adultos’’ com a concorrência toda repleta de jovens). Porém não chego ao ponto de questionar a qualidade técnica de Rivaldo e Roberto Carlos. Os dois são muito bons. Podem não render tudo o que podem muitas vezes, mas que eles podem eu tenho certeza.


‘‘Gostaria de esclarecer que a Nike autorizou a destruição dos 45 mil tênis falsificados apreendidos pela Alfândega do Porto do Rio de Janeiro, em abril de 1999, com o objetivo principal de proteger os consumidores de riscos à saúde. Os tênis falsificados podem vir a causar sérias lesões em áreas como tornozelo e tendão de aquiles, por exemplo, porque na maioria das vezes sua forma não é apropriada e as matérias-primas são de baixa qualidade. A Nike tem como política a destruição de produtos falsificados também para a proteção do mercado e de seus clientes. Quando o produto não traz riscos à saúde, a empresa analisa e pode autorizar a doação de parte da carga apreendida. Um exemplo desta atitude é a doação, para entidades beneficentes, de meias falsificadas apreendidas no Porto de Santos, que será realizada tão logo a carga seja liberada pelas autoridades portuárias. Já realizamos doação de peças de vestuário falsificadas (650 peças entre calções, camisetas e meias), no primeiro semestre deste ano, para a Associação Santa Terezinha, entidade para a qual colaboramos com produtos e ajuda financeira para projetos que envolvem as crianças atendidas. A Nike realiza vários programas de apoio à comunidade nos países em que atua, inclusive no Brasil.’’ Kátia Gianone, gerente de comunicação

Essa foi a resposta da Nike para meu lembrete na coluna passada de que a empresa deixou de doar milhares de tênis a pessoas carentes. Por maior que seja o estrago que um tênis falsificado possa causar a alguém, acho que para muitos necessitados, que ficam descalços em meio à sujeira, ao frio e nas piores condições, um calçado qualquer seria útil, até para evitar uma série de doenças. Outra coisa: pelo poderio financeiro da Nike, fazer trabalhos sociais é quase que uma obrigação.


E-mail:
rbueno@folhasp.com.br



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30/07/2000 - Século brasileiro
23/07/2000 - Troca de Comando
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