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29/03/2004
-
03h14
Pergunta: em que museu do mundo é possível ver o tesouro completo de um faraó egípcio, com todos os objetos encontrados em sua tumba, de A a Z? Resposta: apenas no Museu de Antigüidades Egípcio, situado em um suntuoso prédio neoclássico no centro do Cairo.
Portanto, não acredite quando alguém lhe disser que não existe no Egito uma coleção de obras dos tempos dos faraós equiparável às existentes em museus de Londres, Nova York ou Paris.
O Museu Britânico, de Londres, tem a pedra da Roseta, peça fundamental que permitiu decifrar o alfabeto hieroglífico, e uma quantidade impressionante de sarcófagos. O Louvre, em Paris, o Metropolitan, em Nova York, e o pequeno (mas precioso) Museu Egípcio, em Berlim, têm coleções que são de tirar o fôlego.
Mas o museu do Cairo tem um andar inteiro dedicado às riquezas guardadas no túmulo de Tutancâmon, um faraó pouco importante, cujo reinado durou apenas dez anos (1333-1323 a.C.), mas que se tornou um pop star postumamente, quando, em 1922, o arqueólogo britânico Howard Carter descobriu sua tumba no Vale dos Reis, em Luxor, absolutamente intacta.
Como se sabe, os faraós construíram seus túmulos --em alguns casos pirâmides, em outros, grandes complexos escavados nas pedras de montanhas-- não apenas para guardar seus corpos meticulosamente mumificados, mas também imensas riquezas que deveriam acompanhá-los em sua vida após a morte.
Logo, a oportunidade de visitar o tesouro funerário completo de um faraó egípcio é algo único.
Tutancâmon não foi um monarca importante --imagine se tivesse sido!--, mas seu tesouro tem tudo o que um faraó merece.
Lá estão sua múmia e sua máscara mortuária, incrivelmente preservada, seus diversos sarcófagos, que eram encaixados uns dentro dos outros e, em seguida, eram colocados em amplas caixas, também de diversos tamanhos, cobertas de ouro.
Lá estão também milhares de imagens, papiros, móveis e objetos de sua vida cotidiana que o acompanharam na morte para criar, dentro de seu túmulo, um universo idêntico ao que o cercava em vida, sem tirar nem pôr. Não é pouca coisa.
Mas o museu tem mais. Tem uma pequena sala que reúne 11 múmias de faraós ou altas autoridades da época, inclusive a de Ramsés 2º, esse sim um faraó de primeira grandeza.
E tem todo o andar térreo, com grande quantidade de obras dos três períodos nos quais são divididos o Egito faraônico: o Antigo Reinado (2575-2134 a.C.), o Reinado Médio (2040-1640 a.C.) e o Novo Reinado (1550-1070 a.C.).
Há, por exemplo, a paleta Narmer, uma peça de aproximadamente 3000 a.C. que é tida como o documento que marca a unificação das terras altas (sul) com as terras baixas (norte) do Egito. Há também o famoso Escriba, um barco de madeira da frota faraônica, uma enorme coleção de papiros e muitas estátuas de deuses antropomórficos e de faraós.
É bem verdade que o museu poderia ser mais bem apresentado, mas isso é um detalhe menos importante. Para contemplar tudo com calma, reserve pelo menos meio dia.
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da Folha de S.Paulo, no EgitoPergunta: em que museu do mundo é possível ver o tesouro completo de um faraó egípcio, com todos os objetos encontrados em sua tumba, de A a Z? Resposta: apenas no Museu de Antigüidades Egípcio, situado em um suntuoso prédio neoclássico no centro do Cairo.
Portanto, não acredite quando alguém lhe disser que não existe no Egito uma coleção de obras dos tempos dos faraós equiparável às existentes em museus de Londres, Nova York ou Paris.
O Museu Britânico, de Londres, tem a pedra da Roseta, peça fundamental que permitiu decifrar o alfabeto hieroglífico, e uma quantidade impressionante de sarcófagos. O Louvre, em Paris, o Metropolitan, em Nova York, e o pequeno (mas precioso) Museu Egípcio, em Berlim, têm coleções que são de tirar o fôlego.
Mas o museu do Cairo tem um andar inteiro dedicado às riquezas guardadas no túmulo de Tutancâmon, um faraó pouco importante, cujo reinado durou apenas dez anos (1333-1323 a.C.), mas que se tornou um pop star postumamente, quando, em 1922, o arqueólogo britânico Howard Carter descobriu sua tumba no Vale dos Reis, em Luxor, absolutamente intacta.
Como se sabe, os faraós construíram seus túmulos --em alguns casos pirâmides, em outros, grandes complexos escavados nas pedras de montanhas-- não apenas para guardar seus corpos meticulosamente mumificados, mas também imensas riquezas que deveriam acompanhá-los em sua vida após a morte.
Logo, a oportunidade de visitar o tesouro funerário completo de um faraó egípcio é algo único.
Tutancâmon não foi um monarca importante --imagine se tivesse sido!--, mas seu tesouro tem tudo o que um faraó merece.
Lá estão sua múmia e sua máscara mortuária, incrivelmente preservada, seus diversos sarcófagos, que eram encaixados uns dentro dos outros e, em seguida, eram colocados em amplas caixas, também de diversos tamanhos, cobertas de ouro.
Lá estão também milhares de imagens, papiros, móveis e objetos de sua vida cotidiana que o acompanharam na morte para criar, dentro de seu túmulo, um universo idêntico ao que o cercava em vida, sem tirar nem pôr. Não é pouca coisa.
Mas o museu tem mais. Tem uma pequena sala que reúne 11 múmias de faraós ou altas autoridades da época, inclusive a de Ramsés 2º, esse sim um faraó de primeira grandeza.
E tem todo o andar térreo, com grande quantidade de obras dos três períodos nos quais são divididos o Egito faraônico: o Antigo Reinado (2575-2134 a.C.), o Reinado Médio (2040-1640 a.C.) e o Novo Reinado (1550-1070 a.C.).
Há, por exemplo, a paleta Narmer, uma peça de aproximadamente 3000 a.C. que é tida como o documento que marca a unificação das terras altas (sul) com as terras baixas (norte) do Egito. Há também o famoso Escriba, um barco de madeira da frota faraônica, uma enorme coleção de papiros e muitas estátuas de deuses antropomórficos e de faraós.
É bem verdade que o museu poderia ser mais bem apresentado, mas isso é um detalhe menos importante. Para contemplar tudo com calma, reserve pelo menos meio dia.
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