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29/03/2004
-
03h37
Os oásis do Egito revelam paisagens fantásticas em que bosques de tamareiras e oliveiras misturam-se a dunas, fontes de água quente brotam em meio a campos cultivados e ruínas faraônicas e romanas convivem com labirínticas cidades islâmicas feitas de adobe.
Separado um do outro por centenas de quilômetros de estradas precárias e planícies de pedra e areia --onde o viajante, quando menos espera, se depara com miragens-, cada oásis tem uma atmosfera própria, não só devido às suas características naturais únicas, mas pelas populações que ali vivem há milhares de anos.
Siwa, no sudoeste do país e a cerca de 12 horas de jipe do Cairo, está na borda do Grande Mar de Areia, vasta porção do deserto cheia de dunas.
É uma das áreas mais bonitas do Saara egípcio e vale uma estada de, pelo menos, três dias. A melhor coisa a se fazer ali é um safári a bordo de jipe percorrendo as dunas à tarde. O passeio dá direito a ver o pôr-do-sol e a mergulhar numa piscina natural de água quente no início da noite, sob palmeiras e a luz da lua.
Siwa tem também importantes ruínas do período faraônico e greco-romano, como a Montanha dos Mortos, o templo de Alexandre (o Grande, que teria visitado o oásis) e a piscina de Cleópatra (com uma água morna e azul-turquesa convidativa ao mergulho).
Outro ponto alto de Siwa é a cidadela islâmica de Shali, construída em adobe no século 12 ou 13 em uma colina de onde se tem uma das vistas mais bonitas do oásis e do deserto.
A comunidade local, devido à proximidade da fronteira com a Líbia, fala berbere; as moradoras vestem burcas azuis (túnica que cobre todo o corpo, inclusive a cabeça, com dispositivo, na altura dos olhos, que permite que a mulher veja sem que seja vista).
A etapa seguinte no circuito dos oásis é Bahariyya, que fica a seis horas por uma estrada cheia de pedras e poucas atrações. Ponto que é o meio do caminho e a partida para uma expedição ao deserto Branco (cerca de três horas de distância, já bem perto de Farafra, o oásis seguinte).
Mas, antes de partir, reserve uma noite para ouvir música beduína na tenda de Abdel Sadek, a estrela local.
Iceberg
O deserto Branco é uma planície de areia fina e clara --antigamente o solo de um oceano--, da qual brotam, como icebergs, rochas de calcário em formas surpreendentes: algumas parecem cogumelos, outras, aves, elefantes ou baleias esculpidas em giz.
Para completar a diversidade geológica, ainda há grande quantidade de pequenas pedras pretas extremamente duras, em formato de flores (provavelmente de origem vulcânica), salpicadas no meio da areia.
Há dois modos mágicos de conhecer a região: do alto do lombo de um camelo e acampando uma ou mais noites, de preferência na lua cheia, quando o deserto adquire uma feição lunar.
Embora Farafra fique a apenas 40 minutos de distância, os camelos precisam ser trazidos, em camioneta, de Bahariyya.
Mas vale a pena trazê-los de longe porque esse é certamente um dos locais mais bonitos de todo o Egito para fazer um safári de camelo. Já o acampamento precisa ser organizado por uma agência da região para evitar eventuais problemas de planejamento.
Após um dia sem banho, não há nada melhor do que relaxar numa fonte de água quente de Farafra.
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Bosques, dunas e ruínas constroem os oásis do Egito
da Folha de S.Paulo, no EgitoOs oásis do Egito revelam paisagens fantásticas em que bosques de tamareiras e oliveiras misturam-se a dunas, fontes de água quente brotam em meio a campos cultivados e ruínas faraônicas e romanas convivem com labirínticas cidades islâmicas feitas de adobe.
Separado um do outro por centenas de quilômetros de estradas precárias e planícies de pedra e areia --onde o viajante, quando menos espera, se depara com miragens-, cada oásis tem uma atmosfera própria, não só devido às suas características naturais únicas, mas pelas populações que ali vivem há milhares de anos.
Siwa, no sudoeste do país e a cerca de 12 horas de jipe do Cairo, está na borda do Grande Mar de Areia, vasta porção do deserto cheia de dunas.
É uma das áreas mais bonitas do Saara egípcio e vale uma estada de, pelo menos, três dias. A melhor coisa a se fazer ali é um safári a bordo de jipe percorrendo as dunas à tarde. O passeio dá direito a ver o pôr-do-sol e a mergulhar numa piscina natural de água quente no início da noite, sob palmeiras e a luz da lua.
Siwa tem também importantes ruínas do período faraônico e greco-romano, como a Montanha dos Mortos, o templo de Alexandre (o Grande, que teria visitado o oásis) e a piscina de Cleópatra (com uma água morna e azul-turquesa convidativa ao mergulho).
Outro ponto alto de Siwa é a cidadela islâmica de Shali, construída em adobe no século 12 ou 13 em uma colina de onde se tem uma das vistas mais bonitas do oásis e do deserto.
A comunidade local, devido à proximidade da fronteira com a Líbia, fala berbere; as moradoras vestem burcas azuis (túnica que cobre todo o corpo, inclusive a cabeça, com dispositivo, na altura dos olhos, que permite que a mulher veja sem que seja vista).
A etapa seguinte no circuito dos oásis é Bahariyya, que fica a seis horas por uma estrada cheia de pedras e poucas atrações. Ponto que é o meio do caminho e a partida para uma expedição ao deserto Branco (cerca de três horas de distância, já bem perto de Farafra, o oásis seguinte).
Mas, antes de partir, reserve uma noite para ouvir música beduína na tenda de Abdel Sadek, a estrela local.
Iceberg
O deserto Branco é uma planície de areia fina e clara --antigamente o solo de um oceano--, da qual brotam, como icebergs, rochas de calcário em formas surpreendentes: algumas parecem cogumelos, outras, aves, elefantes ou baleias esculpidas em giz.
Para completar a diversidade geológica, ainda há grande quantidade de pequenas pedras pretas extremamente duras, em formato de flores (provavelmente de origem vulcânica), salpicadas no meio da areia.
Há dois modos mágicos de conhecer a região: do alto do lombo de um camelo e acampando uma ou mais noites, de preferência na lua cheia, quando o deserto adquire uma feição lunar.
Embora Farafra fique a apenas 40 minutos de distância, os camelos precisam ser trazidos, em camioneta, de Bahariyya.
Mas vale a pena trazê-los de longe porque esse é certamente um dos locais mais bonitos de todo o Egito para fazer um safári de camelo. Já o acampamento precisa ser organizado por uma agência da região para evitar eventuais problemas de planejamento.
Após um dia sem banho, não há nada melhor do que relaxar numa fonte de água quente de Farafra.
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